“Quem não lê é como quem não vê”
Cristina Manuela dos Santos Henriques
07 de agosto de 2025
Figura 1 - Frente ao Jardim Escola (entre 1981 e 1983)
https://www.facebook.com/photo/?fbid=109008075804843&set=g.369776485271
Índice de imagens
Figura
1 - Frente ao Jardim Escola (entre 1981 e 1983). 1
Figura
2 - Sala de aula numa escola primária em 1938. 3
Figura
3 - Escola Conde Ferreira em Ferreira do Zêzere. 9
Figura
4 - Jardim Escola João de Deus - Coimbra - 1911. 13
Figura
5 - Saudação Romana, alunos de categoria Infantes, Mocidade Portuguesa. 18
Figura
6 - Sala de aula nos anos 40, A lição de Salazar, o crucifixo, fotografias de
Salazar e Carmona 19
Figura
7 - Painéis de Almada de Negreiros na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos. 20
Figura
8 - Testemunho do exame da 4ªclasse. 24
Figura
9 - Escola Primária e Jardim de Infância da Pedreira com casa para professores
em ambas as laterais - 18Mar23 - Cristina Henriques. 32
Figura
10 - Escola Primária e Jardim de Infância da Pedreira com casa para os
professores em ambas as laterais - 18Mar23 - Cristina Henriques. 32
Figura
11 - Frente da Escola Primária (a primeira) - ago13 - Cristina Henriques. 33
Figura
12 - Frente da Escola Primária (a primeira) com o lado para um pequeno recreio
- ago13 - Cristina Henriques 33
Figura
13 - Escola Primária da Póvoa ( a primeira) - foto de Manuel Rosa. 34
Figura
14 - Jardim de Infância e Escola Primária do Fetal de Cima - Ago13 - Cristina
Henriques. 35
Figura
15 - Jardim de Infância e Escola Primária do Fetal de Cima - Ago13 - Cristina
Henriques. 36
Figura
16 - Escola Primária da Póvoa - Ago13 - Nuno Ferreira. 36
Figura
17 - Traseiras da Escola Primária da Póvoa - Ago13 - Nuno Ferreira. 37
Figura
18 - Diploma 4.ª Classe - Maria Perpétua Santos Henriques – 1966. 38
Figura
19 - Boletim de passagem de classe da 3º para a 4ºclasse - Fernanda Manuela
Henriques - 1966 39
Figura
20 - Diploma 4.ª Classe - Fernanda Manuela Henriques – 1967. 40
Figura
21 - Diploma Curso de Dactilografia -
Escola Feminina de Dactilografia - Fernanda Manuela Henriques - 1970 41
Índice
Introdução
3
Identificação da legislação e enquadramento
histórico (cronologia) desde 1385 a 1974 Entidades civis relevantes para o despertar
da cultura
5
Conceitos 1960
Dados do Livro Amorim Rosa
26
Escolas da União de Juntas de
Freguesia de Além da Ribeira e Pedreira
31
Introdução
Quando é que o ensino chega à
Escolas da União de Freguesias Além da Ribeira e Pedreira? Esta é uma questão
que eu sempre tive muita curiosidade. Vou tentar responder a quem também tenha
interesse.
O ensino/desenvolvimento para mim
é uma dicotomia que faz todo o sentido para a melhoria de condições de vida da
população.
O querer perceber como aconteceu em
Portugal o despertar do ensino para toda a população, levou-me a uma pequena
investigação que partilho convosco.
Primeiro identifico a legislação nacional
que foi criada desde que somos um país independente (2ª Dinastia) até ao 25 de
abril de 1974. Inicio na 2ª Dinastia devido ao facto de termos sido uma grande
potência marítima. Teve de haver arte e engenho, que por sua vez foi
transmitida a toda a tripulação das grandes naus que Portugal construiu
(instrução, o saber fazer). Estabeleço como fim a data do 25 de abril de 1974 porque
marca a saída de uma ditadura, logo também terminam as condicionantes que isso
trouxe a toda a população nacional, marcando desta forma o início de uma maior
liberdade em todos os sectores da sociedade nomeadamente o da comunidade
escolar.
A legislação é enquadrada
cronologicamente, inicialmente com os Reis e após a proclamação da 1ª República
com os governantes da respetiva época. Também identifico entidades “civis”
nacionais que influenciaram o desenvolvimento cultural do país.
Figura 2 - Sala de aula numa escola primária em 1938
https://restosdecoleccao.blogspot.com/2012/06/ensino-primario.html
Em segundo, coloco por ordem
cronológica o que foi publicado em documentos oficiais sobre a criação das
escolas na nossa freguesia, encontrados maioritariamente nos livros de Amorim
Rosa, Anais de Tomar e Boletins Culturais de Tomar, existe uma lacuna temporal
entre 1919 e 1980 para a qual ainda não obtive mais informação, ficando este
trabalho em constante atualização.
Em terceiro e por último, identifico
por ordem de construção/identificação das escolas existentes na nossa freguesia
bem como alguns diplomas escolares que fui recolhendo com a ajuda de algumas
pessoas (infelizmente uma das senhoras que deu algumas informações relevantes
aquando da minha publicação no blogue sobre os 100 anos da primeira escola
primária da Póvoa já faleceu - Sra. Maria Duarte Gonçalves). Devido à partilha
de informação da Sra. Maria Duarte Gonçalves, após uma publicação que eu fiz
sobre os supostos “100 anos” do Jardim Escola da Póvoa”, levou-me a recolher
mais informação e por coincidência fiquei a saber que o meu avô Manuel Henriques
tinha a 4ºClasse, a minha avó Maria Emília a 3ª Classe e que ela preferiu
estudar nos Chãos porque a professora no Fetal era muito má.
O incrível nisto tudo, é que a
minha mãe Maria Perpétua bem como a D. Fernanda Figueira (as quais me
facultaram o seu diploma de 4ª Classe) e grande parte das senhoras e senhores
daquela geração, ou seja, na década de 60 praticamente nada se alterou, isto
porque a 4ª Classe continuava a ser o objetivo principal na escolaridade.
A negrito destaco feitos
relacionados com Tomar bem como outros acontecimentos que para mim tem bastante
importância no desenvolvimento do ensino.
Identificação da legislação
e enquadramento histórico (cronologia) desde 1385 a 1974 Entidades civis
relevantes para o despertar da cultura
2ª Dinastia (Joanina ou de Avis)
1385-1433_Reinado de D. João I, o
da “Boa Memória”;
O Infante D. Henrique criara à
sua volta uma escola (Escola de Sagres?), porque à sua volta havia várias
especialistas em assuntos náuticos (geográficos, cosmógrafos, matemáticos, cartógrafos);
1438-1481_Reinado de D. Afonso V,
o “Africano”;
1481-1495_Reinado de D. João II,
o “Príncipe Perfeito”;
1495-1521_Reinado de D. Manuel I,
o “Venturoso” – descobrimento do Brasil;
1521-1557_Reinado de D. João III,
o “Piedoso”;
1542-1739_Os jesuítas fundaram na Província de Portugal 30 estabelecimentos de
ensino que formavam a única rede escolar orgânica e estável do país, presente
em quase todas as cidades. Se excetuarmos Lisboa, Coimbra e Évora, os colégios
dos Jesuítas eram praticamente os únicos centros de educação secundária das
localidades onde se encontravam. O ensino era aberto a todas as classes sociais
e gratuito, já que a Companhia só aceitava iniciar um estabelecimento de ensino
quando existisse uma dotação ou fundação que assegurasse os meios necessários
para o funcionamento;
https://portal.cehr.ft.lisboa.ucp.pt/Enciclopedia/artigo/Jesu%C3%ADtas%20PT
1557-1578_Reinado de D.
Sebastião, o “Desejado”;
1572- O livro «Os Lusíadas» de
Luís Vaz de Camões o maior poeta português é publicado;
1578-1580_Reinado do Cardeal D.
Henrique, o “Casto” – Portugal perde a independência;
3ª Dinastia (Filipina)
1580-1598_Reinado de D. Filipe I
(II de Espanha), o “Prudente” – Armada invencível;
1598-1621_Reinado de D. Filipe II
(III de Espanha), o “Pio”;
1621-1640_ Reinado de D. Filipe
III (IV de Espanha), o “Grande”;
4º Dinastia de Bragança
1640-1656_Reinado de D. João IV,
o “Restaurador”;
1656-1667_Reinado de D. Afonso
VI, o “Vitorioso”;
1667/1683-1706_Regência e Reinado
de D. Pedro II, o “Pacífico”;
1706-1750_Reinado de D. João V, o
“Magnânimo”;
- Fundou a Academia Real da
História Portuguesa, a Academia de Portugal em Roma, a Biblioteca da
Universidade de Coimbra;
1750-1777_Reinado de D. José, o
“Reformador” – 1º Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo_Marquês de Pombal;
1759_A 3 de setembro foi publicado o decreto de expulsão aos Jesuítas, desta
forma Pombal conseguia implementar um sistema absolutista e regalista, iluminado,
logo, iria conseguir controlar todos os aspetos da vida social, incluindo uma
Igreja mais submetida ao Estado;
https://portal.cehr.ft.lisboa.ucp.pt/Enciclopedia/artigo/Jesu%C3%ADtas%20PT
1759_A 28 de junho, o Rei D. José
assina o Alvará que determina a criação da Diretoria Geral dos Estudos. Na
história do ensino em Portugal, é entregue, pela primeira vez, a uma entidade
subordinada ao poder vigente, a orientação e inspeção das escolas. Em anos
sucessivos, serão publicadas leis, avisos, alvarás, decretos e portarias que,
reestruturando os organismos que sucedem a esta Diretoria Geral dos Estudos e
atribuindo mais e maiores responsabilidades com vista à ampliação do seu grau
de intervenção, culminarão na criação, em 1913, do Ministério da Instrução
Pública, cuja missão tem sido, até à atualidade, a de estar ao serviço do
Ensino em Portugal (Repositório Digital da História
da Educação, 2025);
1777-1816_Reinado de D. Maria I, a “Piedosa”;
- Fundou a Academia Real das
Ciências, a Biblioteca Nacional, a Casa Pia (destinada a albergar crianças
pobres e abandonadas);
- Construção do Teatro de São
Carlos;
- Academia Real das Ciências tem
como missão: compor e publicar obras literárias, que levem conhecimento ao
povo;
1781_Publicação do Dicionário da Língua Portuguesa;
1816-1826_Reinado de D. João VI,
o “Clemente”;
1826-1828_Reinado de D. Pedro IV,
o “Rei Soldado” – e D. Pedro I do Brasil;
1828-1834_Reinado de D. Miguel, o
“Usurpador”;
1834-1853_Reinado de D. Maria II,
a “Educadora”;
1835_Decreto do Ministro e
Secretariado d’Estado dos Negócios do Reino (Rodrigo da Fonseca Magalhães) de 7
de setembro, onde é criado o Regulamento Geral de Instrução Primária
- Criou escolas primárias e
secundárias; fundou as Faculdades de Medicina de Lisboa e Porto; abriu a Escola
Politécnica de Lisboa e a Academia Politécnica do Porto; criou a Faculdade de
Agronomia e fundou o Conservatório Nacional de Música.
1836_Decreto da Secretaria
d’Estado dos Negócios do Reino de 15 de novembro, aprova o Plano Geral de
Instrução Primária, estabelecendo os temas, e reforça a obrigatoriedade de os
pais mandarem os filhos à escola;
1837_Invenção do telégrafo por
Samuel Morse;
1844_Decreto de Governo de 28 de
setembro determina que a Instrução Pública se divide em 1.º e 2.ºgrau...;
1853-1861_Reinado de D. Pedro V,
o “Esperançoso”;
1855_Instalação das linhas para o
funcionamento do telégrafo do país e no ano seguinte para o estrangeiro;
1856_Primeira linha de caminho de
ferro em Portugal de Lisboa até ao Carregado;
Até meados do século XIX pode
dizer-se que a escola foi a própria casa do mestre. Na verdade, no ano letivo
de 1863-1864, aquando da inspeção extraordinária realizada às escolas
primárias, metade dos professores do ensino público dava aulas na sua
habitação. (Silva, 2025)
1861-1889_Reinado de D. Luís, o
“Popular” (luz elétrica)
1862_Em 7 de fevereiro o professor de instrução primária desta cidade (Tomar),
Padre António José de Sousa Santa Rita, foi presente à sessão da Câmara
presidida por Francisco Gomes da Silva, dando parte que havia sido despedido da
casa aonde dava aula aos seus alunos, em razão de ser precisa ao seu dono, cuja
renda tem sempre pago à sua custa (...) (Rosa, 1965);
1866_Em 24 de março, faleceu no
Porto o grande capitalista e benemérito Joaquim Pereira dos Santos, Conde de
Ferreira, Par do Reino e Comendador da Ordem de Cristo, que legara para obras
de beneficência a sua então enormíssima fortuna de 600 contos. Destes, 144
contos eram destinados à construção de 120 escolas primárias, incluindo
habitação para professores.
Tomar foi uma das terras contempladas...A Escola foi inaugurada em 17 de
novembro de 1867 (Rosa, 1965);
1870_Decreto do Ministério dos
Negócios da Instrução Pública de 16 de agosto (ministro D. António da Costa de
Sousa Macedo), determina que a Instrução Pública se divide em 1.º Grau, ou
Elementar e 2.º Grau, ou Complementar; o
ensino obrigatório é cumprido quando o aluno obtiver aprovação em exame público
nas disciplinas do 1.º Grau, sendo este exame exigido para a frequência do 2.º
Grau... (Repositório Digital da História
da Educação, 2025);
1800-1875_António Feliciano de
Castilho – divulgação do método de “leitura repentina”, permite o alargar do
debate em matéria de instrução escolar.
“Cada escola deveria ser, quanto possível, espaçosa, clara, arejada,
mobilada, e abastecida de tudo o necessário; tendo cómodos para a residência do
mestre, e um terreiro ou pátio com suas sombras verdes para espairecimento dos
alunos, e, nos dias formosos, até para ali se darem lições.”
1862_Abertura da Escola Normal de
Lisboa – formação dos professores;
1863_Promoção de inspeções
extraordinárias às escolas;
1866_Conde de Ferreira legou 144000 reis para a edificação
de 120 escolas de instrução primária de ambos os sexos nas sedes dos concelhos,
segundo uma mesma planta;
Inserção de um campanário,
recordando aos alunos as horas da aula e estimulando ao mesmo tempo o dever da
pontualidade por parte do professor.
1867_Primeira regulamentação dos
cursos noturnos;
Mariano Ghira – desenvolve
intensa ação junto de autoridades administrativas (câmaras municipais, juntas
de paróquia...) para a vantagem de construir escolas de ensino elementar.
1870 – Reforma da Instrução
Primária por Dr. António Costa onde pugnou pela inclusão da ginástica na escola elementar;
(Silva, 2025)
Figura 3 - Escola Conde Ferreira em Ferreira do
Zêzere
https://whotrips.com/wp-content/uploads/2019/02/conde_ferreira_zezere.jpg
1877_Foi publicada a Cartilha
Maternal, obra de natureza pedagógica, escrita pelo poeta e pedagogo João de
Deus, destinada a servir de base ao ensino da leitura às crianças.
1878_Carta de Lei da
Direção-Geral de Instrução Pública de 2 de maio– Reforma e reorganização do
ensino primário, de António Rodrigues Sampaio onde também se encontra legislado
por exemplo “são dispensados dos
exercícios de doutrina crista aqueles alunos que pertençam a diferente
religião”.
1880_Carta de Lei da
Direção-Geral de Instrução Pública de 11 de junho – o governo ordena cursos
noturnos e dominicais, previstos na Lei de 2 de maio de 1878, nas localidades
de reconhecida necessidade quando as Câmaras e Juntas Gerais de Distrito não os
promovam (Repositório Digital da História
da Educação, 2025);
1880_Carta de Lei da
Direção-Geral de Instrução Pública de 28 de julho – modifica, altera e
acrescenta a lei de reforma e reorganização do ensino primário de 2 de maio de
1978
1882_Foi fundada pelo Mecenas Casimiro
Freire, em 1882 (quando 80% da população portuguesa era iletrada) a Associação
de Escolas Móveis João de Deus, alfabetizou, desde a sua fundação até 1920,
vinte e oito mil adultos e crianças (Deus, 2025);
1889-1908_Reinado de D. Carlos (assassinato
do rei)
1894_Decreto da Presidência do
Conselho de Ministros de 22 de dezembro – O 1º grau tem a duração de três anos
e é obrigatório para todas as crianças desde
aos seis aos doze anos, de ambos os sexos (Repositório
Digital da História da Educação, 2025);
1897_Decreto da Direção-Geral de
Instrução Pública de 18 de março – o ensino nas escolas oficiais de instrução
primária é gratuito (Repositório Digital da História da Educação, 2025);
1896_registo da primeira escola
pública mista de Mosteiró (54 inscrições – 21 raparigas e 33 rapazes);
https://mosteirosite.wordpress.com/2019/09/14/a-primeira-escola-publica-de-mosteiro/
1901_ Decreto n.º 8 da
Direção-Geral de Instrução Pública de 24 de dezembro – diminuição da propina do
exame de instrução primária do 2º grau, passou a ser de 16500 réis em vez dos
28660 réis;
1902_Decreto n.º 4 da
Direção-Geral de Instrução Pública de 19 de setembro – só as escolas paroquiais
poderão ser mistas;
1908_Por proposta de João de Deus
Ramos (Ministro de Instrução Pública – 1920), filho do
Poeta-Educador, a Associação de Escolas Móveis João de Deus, passou a
designar-se "Associação de Escolas Móveis pelo Método João de Deus,
Bibliotecas Ambulantes e Jardins-Escolas" (Deus, 2025);
1908-1910_Reinado de D. Manuel II
(último rei de Portugal) – reuniu obras raríssimas da literatura portuguesa;
1910-1926_Primeira República;
1º Presidente_Manuel de Arriaga;
Chefe do Governo_António Costa
(Mata-Frades) Partido Democrático;
1911_Primeiro Jardim Escola João de Deus (até 1953 foram criados 11
Jardim Escolas) (Deus, 2025);
Figura 4 - Jardim Escola João de Deus - Coimbra -
1911
https://restosdecoleccao.blogspot.com/2014/09/jardins-escolas-joao-de-deus.html
1911_Decreto n.º 9 da
Direção-Geral de Instrução Pública de 29 de março – estabelece duas categorias
de ensino: infantil de primário. Ensino Infantil: nenhuma criança se poderá
matricular nesta categoria de ensino, que durará três anos, antes dos quatro
anos de idade; Ensino Primário: abrange três graus – elementar, complementar e
superior (Repositório Digital da História
da Educação, 2025);
1911_Pelo Decreto n.º73 de 30 de
março o Governo Republicano atribuía às câmaras municipais a obrigação de criar
cursos noturnos..., não faltando legislação, escasseavam condições económicas
para colocar em prática (Direção de Serviços da Região do Alentejo, 2025)
1913 – Decreto n.º 70 de 12 de
agosto, cria Escolas Móveis, e regula a sua constituição e funcionamento;
O governo criou um sistema de escolas móveis, em que os
professores iam até às freguesias onde não havia escola, por umas horas
instalavam-se em alguma casa e aí davam as aulas básicas.
Do programa de ensino constavam a
leitura, a escrita, as contas, o sistema métrico, a geografia, a história de
Portugal e a educação moral e cívica.
1914-1918_1ª Guerra Mundial -
Portugal entrou na Guerra em 1916;
1914_Fernando Pessoa (1888-1935)
grande poeta português, criou o heterónimo Alberto Caeiro e escreveu Guardador
de Rebanhos (Ricci, 2009);
Lisboa Faculdade de direito
1916_Lei 495 do Ministério da
Justiça e dos Cultos de 28 de março – manda sujeitar à censura preventiva, enquanto
durar o estado de guerra, os periódicos e outros impressos e os escritos ou
desenhos de qualquer modo publicados;
1917_ Decreto n.º 2: 947 do Ministério da Instrução Pública
de 20 de janeiro – estabelece provisoriamente as normas, técnicas, higiénicas e
pedagógicas a que devem satisfazer os novos edifícios escolares;
1917_a 22 de fevereiro, era
publicado um decreto que
pretendia responder à crise na distribuição de cereais panificáveis no país,
autorizando o Governo a requisitar a farinha existente nas moagens de Lisboa.
No dia seguinte, a Portaria n.º
887 determinava que em Lisboa apenas se podia fabricar um único tipo de pão com farinhas de
trigo e de milho, em parte iguais. Mais tarde, seria ainda
proibido o fabrico de pastéis e bolos na capital (Boletim da
Assembleia da República, 2025).
1917_Milagre de Fátima a 13 de
maio
1919_ Decreto n.º 6: 137 do
Ministério da Instrução Pública de 29 de setembro (versão retificada em 11 de
dezembro) – aprova o regulamento do ensino primário e normal;
1920_Iniciou-se
o primeiro e durante largas décadas o único, curso de formação de Educadores de
Infância em Portugal. Este curso tinha a designação de Curso de Didática
Pré-Primária pelo Método João de Deus. Vinte anos depois, começa a funcionar um
Curso de Auxiliares de Educação Infantil (que viria a ser extinto em 1980) (Deus, 2025);
1921_primeiro número da Seara
Nova-Revista de Doutrina e Crítica, sai em outubro, onde os seus fundadores
foram: Raul Brandão, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Raul Proença, Câmara
Reis e Augusto Casimiro. Com cinco mandamentos, ..., 2º Acordar a opinião
pública para as necessárias reformas (Ricci, 2009),...Prevalece até aos
dias de hoje
1922_a 30 de março, realiza-se a
primeira travessia aérea do Atlântico Sul (Lisboa/Rio de Janeiro) com Sacadura
Cabral como piloto e Gago Coutinho como navegador (criou o sextante);
1923_ Decreto n.º 9: 223 do
Ministério da Instrução Pública de 6 de novembro – modifica algumas disposições
do regulamento de ensino primário e normal publicado em 1919;
1926-1974_o “Estado Novo” e a
Ditadura
1926-A 28 de maio Portugal entra
numa nova fase da República, os militares articulam um golpe com a finalidade
de devolver ao País estabilidade e credibilidade, em todos os sentidos....Este
é o primeiro dia de um regime de ditadura militar que viria a perdurar 48 anos (Ricci, 2009);
1927_Decreto n.º 13: 619 do
Ministério da Instrução Pública de 17 de maio – “Considerando que a situação do
Tesouro não permite, de momento, qualquer aumento de despesa;”
1929_ Decreto n.º 16:782 do Ministério da Instrução Pública de 1 de
maio – proíbe a emigração dos indivíduos de mais de catorze anos e menos de
quarenta e cinco anos de idade que não provem ter obtido certificado de
passagem da 3ª para a 4ª classe do ensino primário (Repositório
Digital da História da Educação, 2025);
1930_ Decreto-Lei n.º 18:140 do
Ministério da Instrução Pública de 28 de março – ao termo de cada grau (1º e
2º) corresponderá a prova de exame, sendo obrigatória a do 1º grau e ficando
dependente da respetiva aprovação o ingresso dos alunos na 4ª classe. O exame
do 2º grau substitui, para todos os efeitos, o exame da 4ª classe.
1930_mais de 60% analfabetos
A grande percentagem de analfabetos do Portugal da segunda metade do
século XX não se deve só à pobreza (as famílias precisavam das crianças para
trabalhar), mas é também uma opção ideólogo do regime, João Amaral resume
assim: “Ensinar a ler é corromper o atavismo da raça.” Estima-se que, em 1930,
61,8% da população portuguesa fosse analfabeta. Em Espanha, por exemplo, a taxa
era de 35%. Logo no início dos anos 30 a escolaridade obrigatória é reduzida
para três anos (chegou a ser cinco na I República) e as escolas do Magistério
Primário são encerradas entre 1936 e 1943. O regime considerava que os
professores primários não precisavam de grande instrução. Estamos também na
altura em que além de escolas há “postos escolares”, atribuídos a “regentes
escolares”, que representam para o Estado uma forma mais barata de instruir.
https://www.publico.pt/2024/04/29/infografia/escolas-universidades-abril-100-anos-educacao-819
1932_Decreto-Lei n.º 21:349 do
Ministério do Interior (Direção Geral da Segurança Pública – Inspeção Geral dos
Serviços de Emigração) de 13 de junho - Suspende por dois anos a execução da
doutrina do Decreto nº. 16:782 de 1 de Maio de 1929, no que respeita aos
indivíduos de vinte e um anos e menos de quarenta e cinco, e mantém a proibição
para os de mais de catorze e menos de vinte e um anos (Repositório
Digital da História da Educação, 2025);
1932_No dia 5 de julho, Salazar,
Ministro das Finanças e do Ultramar, toma posse como presidente do Conselho de
Ministros. O ministro de Obras Públicas é o engenheiro Duarte Pacheco. De norte
a sul fez nascer jardins, construiu escolas, hospitais, pontes...Criou a
Emissora Nacional (hoje Radiodifusão Portuguesa). No entanto, a repressão
estava bem presente, quer intelectualmente, quer fisicamente (Ricci, 2009);
Figura 5 - Saudação Romana, alunos de categoria
Infantes, Mocidade Portuguesa
escola
fundão.pdf
1936_ Decreto-Lei n.º 27:279 do
Ministério da Educação Nacional de 24 de novembro - O ensino primário elementar
é obrigatório para todos os portugueses e ministrado em classes. Tanto o ensino
oficial como o ensino particular serão ministrados em separação de sexos. É
obrigatória a inscrição nos Quadros da Mocidade Portuguesa, tanto para os
alunos do ensino oficial como do particular (Repositório Digital da História
da Educação, 2025);
1938_ Decreto n.º 1:969 do
Ministério da Educação Nacional de 20 de maio –
1939-1945_Segunda Guerra Mundial
Portugal país neutro, fazendo
entendimentos com Inglaterra (apoiante dos Aliados) e Espanha (apoiante da
Alemanha);
Figura 6 - Sala de aula nos anos 40, A lição de
Salazar, o crucifixo, fotografias de Salazar e Carmona
escola
fundão.pdf
1940_Aristides Sousa Mendes e os
seus dois filhos mais velhos, passam vistos aos Judeus (perseguidos pelos
alemães Nazis), este gesto de desobediência salvadora custou-lhe a demissão das
suas funções e a passagem à reforma sem direito a remuneração (Ricci, 2009);
1940_O Plano dos Centenários
Na década de 1940 dá-se uma reviravolta quando o Estado Novo lança o
chamado “Plano dos Centenários”, que se salda na construção de mais de sete mil
escolas primárias até aos anos 60, todas com a mesma traça arquitetónica. Das
7477 escolas existentes no advento do Estado Novo passa-se para 17.250 em 1960.
Este plano contribui para que a taxa de analfabetismo nas crianças
entre os 7 e os 11 anos se reduza de 46,2%, em 1940, para 20,3% em 1959. Para
alguns historiadores, esta política de redução do analfabetismo, que contraria
os postulados ideológicos do início dos anos 30, terá sido motivada também pela
necessidade de o Estado Novo utilizar a escola como espaço de doutrinação e,
assim, assegurar o “controlo ideológico” da população. Entre 1940 e 1974,
quando se dá o 25 de abril, a percentagem de alunos que conseguia concluir com
êxito, o ensino primário situava-se em média nos 21%.
https://www.publico.pt/2024/04/29/infografia/escolas-universidades-abril-100-anos-educacao-819
1941-1969_O Plano dos Centenários constituiu um projeto de construção de escolas
em larga escala, levado a cabo pelo Estado Novo em Portugal, entre 1941 e 1969.
O Plano deve o seu nome ao terceiro centenário da Restauração da Independência
e ao oitavo centenário da Independência de Portugal. As escolas do Plano dos
Centenários foram construídas com base em projetos-tipo regionalizados (com
rejeição ao modernismo escola fundão.pdf), aprovados pela Direcção-Geral dos
Edifícios e Monumentos Nacionais em 1935 e elaborados pelos arquitetos Raul
Lino e Rogério de Azevedo. As escolas foram construídas em série, mas cada
escola foi adaptada às características da arquitetura local, tendo em conta os
materiais aplicados e as condições climatéricas. Para aplicação do Plano dos
Centenários, os projetos de Raul Lino (tradicionalista defensor de um estilo
oficial português, com trabalhos realizados de criação de edifícios escolares,
valorizava a estética, “que sobrepunha às técnicas de construção escola fundão.pdf) e de Rogério de Azevedo foram revistos
pelos arquitetos Manuel Fernandes de Sá (região Norte), Joaquim Areal (região
Centro), Eduardo Moreira dos Santos (Lisboa), Alberto Braga de Sousa (região
Sul), Luís de Melo (Açores) e Fernando Peres (Madeira).
https://www.sec-geral.mec.pt/pt-pt/pagina/7a-exposicao
1949- Morre Almada Negreiros
(1893-1970), artista multimédia antes do seu tempo.
Figura 7 - Painéis de Almada de Negreiros na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos
https://informacoeseservicos.lisboa.pt/contactos/diretorio-da-cidade/gare-maritima-da-rocha-do-conde-de-obidos#gallery-1
1950-1960_ Registam-se, pela
primeira vez na história portuguesa, a coincidência entre a pressão das elites
para a escolarização do povo, o começo da generalização das condições
económicas que permitem a dispensa do trabalho infantil sistemático por parte
das famílias, e a constatação, por parte destas, de que a escolarização se traduz por vantagens visíveis nas suas
vidas, e é este consenso histórico que permite a escolarização progressiva da
população portuguesa (António Candeias, 2007).
1952_Com os Decretos- Lei n.º 38968
e n.º 38969 de 27 de outubro é criado o Plano de Educação Popular, seu autor
Henrique Veiga de Macedo o Subsecretário de Estado da Educação (1949-1955) e o
Ministro da Educação Nacional era Fernando Pires de Lima (1947-1955);
1952_Plano de Educação Popular
O analfabetismo vai sendo visto como entrave ao crescimento económico e
de industrialização do país. Em 1952 é aprovado o Plano de Educação Popular e a
Campanha Nacional de Educação dos Adultos.
https://www.publico.pt/2024/04/29/infografia/escolas-universidades-abril-100-anos-educacao-819
1954_a 19 de maio numa greve, no
lugar de Baleizão, para se conseguir melhor justiça laboral e social é atingida
a tiro pela GNR Catarina Eufémia (Ricci, 2009);
1956_Nasce a Fundação Calouste
Gulbenkian com a finalidade de servir a ciência, as artes, a cultura (Ricci, 2009);
1956_quatro anos para os meninos, três para as meninas
A escolaridade obrigatória aumenta: passa a ter quatro anos, mas apenas
para os rapazes. A 4ª Classe, também para as raparigas, só é definida como
obrigatória quatro anos depois. Nas zonas rurais, ou com maior oferta de
trabalho fabril não qualificado, as crianças continuam a ser precisas para
contribuir para o orçamento familiar.
Ainda assim, as migrações para as cidades e a forte emigração na década
de 1960 irão contribuir para “uma alteração de mentalidade” com uma
“valorização gradual do ensino e da formação dos descendentes, entendida como
uma vantagem social”, como escrevem Teresa Rodrigues e Irene Tomé, da Faculdade
de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, num dos capítulos
do primeiro volume de O Ensino em Portugal antes e depois do 25 de Abril.
https://www.publico.pt/2024/04/29/infografia/escolas-universidades-abril-100-anos-educacao-819
1957_Nasce a Radiotelevisão
Portuguesa (Ricci, 2009);
1958_É eleito Américo Tomás, mas
como? Humberto Delgado tinha conquistado o apoio do Povo em massa?!...em 1965
regressa a Portugal para um novo golpe militar contra o Salazarismo. Mas,
entretanto, desaparece. Onde estará o “General sem Medo”? Passados dias, foi
encontrado sem vida próximo de Badajoz. Fora assassinado pela PIDE com a
colaboração da polícia política espanhola (Ricci, 2009);
1959_Decreto n.º 42 443 do
Ministério da Educação Nacional de 10 de agosto – É vedado o ingresso ou acesso
nos quadros do pessoal dos serviços do Estado, dos corpos administrativos e das
pessoas coletivas de utilidade pública administrativa a indivíduos que não
possuam a 4.ª classe da instrução primária (Repositório Digital da História
da Educação, 2025);
1960_ Decreto n.º 42 994 do
Ministério da Educação Nacional de 28 de maio - Declara obrigatória a
frequência da 4.ª classe para ambos os sexos. Há um só ciclo de 4 anos que
termina com a aprovação de um exame na 4.ª classe (Repositório
Digital da História da Educação, 2025);
1961-1974_Guerra do Ultramar para
alguns, para outros Colonial. Guerra que mobilizou mais de 800 mil combatentes
da chamada Metrópole enviados para as distantes e desconhecidas matas de África
onde alastrava a revolta apoiada por alguns países próximos (Brandão,
2025);
1961_A 18 de dezembro termina a
presença secular de Portugal na Índia (Goa, Damão e Diu) (Ricci, 2009);
1964_Decreto n.º 45 810 do
Ministério da Educação Nacional de 09 de julho - Declara obrigatória e gratuita
a frequência do ciclo complementar para alunos de ambos os sexos que se
matriculem pela 1.ª vez ou como repetentes na 1.ª classe em 1964/65 (Repositório
Digital da História da Educação, 2025);
1964_Decreto n.º 46 136 do
Ministério da Educação Nacional de 31 de dezembro - é criado no Ministério da
Educação Nacional, na dependência do Instituto de Meios Audiovisuais de Ensino,
uma telescola destinada à realização de cursos de radiodifusão e televisão
escolares
https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/decreto-lei/46136-554171
1965-1987_Emissões regulares da Telescola, permitindo a milhares de alunos
completarem o ensino do quinto e sextos anos de escolaridade
https://ensina.rtp.pt/artigo/telescola-aprender-pela-televisao/
Links com informação
complementar:
História de vida que mudou com a
criação da telescola
https://visao.pt/atualidade/sociedade/2020-05-09-as-vezes-dava-comigo-a-andar-pela-casa-e-a-dizer-a-aula-toda-historias-da-telescola-de-antigamente/
Eram constituídos Postos de
Telescola em paróquias
https://www.infopedia.pt/artigos/$telescola;jsessionid=BUz2TCu85Fxpa-y0enD9-Q__
1967_ Decreto n.º 45 810 do
Ministério da Educação Nacional de 02 de janeiro - Extinção do exame de
admissão da 4.ª classe (Repositório Digital da História
da Educação, 2025);
1968_ Decreto n.º 48 546 do
Ministério da Educação Nacional de 27 de agosto - A escolaridade obrigatória
será ampliada para os menores de ambos os sexos até aos catorze anos de idade,
feitos até 31 de Março do ano escolar a que a matrícula respeita (Repositório
Digital da História da Educação, 2025);
1968_ Decreto n.º 48 572 do
Ministério da Educação Nacional de 09 de setembro - São apenas admitidos à
matrícula no 1.º ano os candidatos de idade não superior a catorze anos, com
referência a 31 de março do ano escolar a que respeita a matrícula. São apenas
admitidos à matrícula no 2.º ano os candidatos de idade não superior a quinze
anos, com referência a 31 de Março do ano escolar a que respeita a matrícula (Repositório
Digital da História da Educação, 2025);
1968_Salazar deixa de governar
devido a um traumatismo craniano (Ricci, 2009);
Figura 8 - Testemunho do exame da 4ªclasse
https://educar.wordpress.com/2012/03/30/diploma-de-traumatizado/
1972_ Decreto-Lei n.º 254/72 do
Ministério da Educação Nacional de 27 de julho - O cumprimento da escolaridade
obrigatória, nas escolas preparatórias públicas e nos postos oficiais da
Telescola, terá carácter gratuito (Repositório Digital da História da Educação,
2025);
1974_25 de abril-Movimento dos
Capitães-Dia da Liberdade;
Conceitos 1960
Com a acentuação da escolarização da população portuguesa,
os critérios utilizados nos Censos também se escolarizam.
Ensino – as pessoas que possuíam ou frequentavam um grau de
ensino foram classificadas por graus e modalidades de ensino segundo os
seguintes conceitos:
Ensino Infantil – Destina-se à formação moral e a acompanhar
e orientar o desenvolvimento do corpo e do espírito das crianças de menos de 7
anos por métodos pedagógicos ou baseados nas tradições educativas portuguesas,
como o João de Deus e o utilizado nos parques infantis, ou pelos Montesort, de
Froebel, ou outros, exclusivamente por pessoal docente do sexo feminino com
preparação especializada.
Ensino Primário – Destina-se a ministrar os primeiros
elementos de instrução, sendo obrigatório para todos os menores em idade
escolar (7-12 anos). Têm a duração de 4 anos, só se tendo considerado como possuindo
este grau de ensino os recenseados aprovados no exame da 4ª classe. Pág. 185 (António Candeias, 2007)
Dados do Livro Amorim
Rosa
Ano
|
Data
|
Acontecimentos
|
1881
|
28 de fevereiro
|
Curso Noturno da
Pedreira (Pág. 102)
Segundo um mapa presente na sessão de 28 de fevereiro,
este curso de instrução primária para adultos era frequentado por cerca de 40
alunos.
(Pág.176)
Ensino primário (Pág. 153)
Do referido Relatório
«A câmara... propõe a conservação das 3 escolas de ensino primário para adultos, criadas por ela nesta Cidade e Pedreira; pensou, todavia, que a
Escola da Asseiceira devia ser transferida para as Olalhas, atenta e diminuta
frequência de alunos, cuja média nesta última escola não excede a 8, ao passo
que em Tomar é de 50 e na Pedreira de 35».
Curso Noturno dos Casais
Em sessão de 29 de dezembro, a Câmara,
acedendo ao pedido da Junta da Paróquia, deliberou estabelecer um curso noturno
para adultos no lugar dos Casais
|
1882
|
27 de Abril
|
Escolas Primárias (Pág. 197)
Nesta mesma sessão (27 de abril de 1882) o
Presidente propôs, e foi aprovado, que se criassem escolas elementares para o
sexo feminino em Vermoeiros (S. Pedro), Asseiceira, Casais e São Simão
(Carregueiros).
Deliberou-se também criar escolas mistas nas Calçadas (Tomar), Pinheiro (São Pedro), Plinos
(Olalhas), Carvalhal (Casais),
Chão de Maçãs (estação), Charneca do Maxial (Madalena), Roda (Asseiceira),
Vimeiro (Olalhas) e Paialvo.
A Escola do
Carvalhal nunca chegou a ser construída (minha frase).
|
1895
|
18 de Julho
|
Escolas Primárias (Pág. 356)
Na sessão de 18 de julho (de 1895), foi
recebido um ofício do Administrador do Concelho, requisitando um mapa das
Freguesias que estivessem nas condições de ser contempladas com a criação de
escolas de ensino elementar.
A Câmara Municipal resolveu satisfazer
esta requisição, e que no mapa fossem incluídas 5 escolas a criar para o sexo feminino nas freguesias de
Asseiceira, Carregueiros, Casais,
Junceira e Tomar, por serem as que a Câmara entendia serem contempladas.
|
1896
|
|
Escolas Primárias do Concelho
(Pág. 25)
Em 30 de Junho (de 1896) existiam as
seguintes:
Asseiceira, masculina.
Carrazede, feminina.
Carregueiros, masculina.
Casais, masculina.
Cem Soldos, masculina e feminina.
Ceras, masculina.
Curvaceiras Grande, masculina.
Junceira, masculina.
Madalena, masculina.
Olalhas, masculina e feminina.
Paialvo, masculina.
Pedreira, masculina.
Sabacheira, masculina.
Serra, masculina e feminina.
Tomar, 2 masculinas, 1 feminina, uma
mista complementar e uma masculina noturna.
Vale do Calvo, masculina.
Vermoeiros, masculina.
|
1910-1913
|
|
“Tendo o Inspetor deste Círculo
enviado uns processos para a Câmara informar sobre o pedido da criação de escolas do sexo feminino em Alviobeira e masculino na Póvoa, a Câmara entende
que deve ser mista e ambas de toda a conveniência de serem criadas. Com
referência à criação dum curso noturno em Paialvo a Câmara reserva-se para
oportunamente dar a sua opinião. Como o Governo votou 200$00 réis destinados
à construção de edifícios para escolas primárias neste Concelho, a câmara
pensa que esta verba pode ser destinada às 3 escolas acima citadas.”
|
1917
|
|
“Escola
da Pedreira – Foi nomeado professor para ela Américo Rodrigues de Sousa”
“Escolas
Masculinas da Pedreira e Madalena – Em 26 de novembro a Câmara resolveu
nomear professores, por serem os primeiros nos concursos, respetivamente,
Armando Dias Correia Louro e Vitor Correia Caratão.”
|
1919
|
|
“Escolas
Primárias – A comissão considera necessárias
as seguintes: Alviobeira, escola feminina; Roda, Longra, Póvoa, Venda Nova, Vale de Torre, Vale dos Ovos, Venda ,
Pederneira e Chão de Maçãs, para escolas mistas; Pedreira, escola masculina e feminina; Comenda, escola feminina;
Olalhas, escola masculina, pois o seu edifício está a ruir.”
|
1980
|
|
Em 1980 foram postos a funcionar oito
jardins infantis:
Carvalhos de Figueiredo, Casais, Cem Soldos, Curvaceira Grande, Linhaceira,
Marmeleiro, Pedreira e S. Pedro, iniciaram
a sua atividade este ano (1981) mais 6
jardins infantis: Carregueiros, Póvoa,
Chão das Maias, Santa Cita, Paialvo e Venda Nova.
Montagem de grupos eletrobombas e sua
alimentação na (…), Escola Primária do
Fetal e outros trabalhos de montagem, desmontagem de grupos, reparação de
grupos, montagem de sondas de comando e trabalhos no sistema de tratamento de
água em (…), Pedreira (elevação para
S. Simão) Pág. 201, 202
Trabalhos de remodelação de
instalações elétricas: no edifício sede (iluminação e tomadas e
intercomunicadores); no posto de leite antigo; na tesouraria da C. M.; Escola do Fetal de Cima.
Trabalhos de reparação e remodelação
das instalações elétricas existentes: na Escola nº3; Jardim de Infância de
Cem Soldos; Póvoa (montagem de tomadas
e reparações)...Estrada do Prado (rede) Pág. 202
Relatório dos trabalhos realizados nos
anos de 1980, 1981 e 1982 (até 15 de agosto de 1982)
- Equipamento eletromecânico para
abastecimento de água à Escola do
Fetal de Cima, Administração direta;
Obras de Administração Direta
- Construção
do Jardim de Infância de Pedreira;
- Obras de conservação na Escola da Pedreira; Pág. 211
|
1981
|
|
Obras Novas em 1981
- Obras
de restauro e conservação no antigo Edifício da Escola primária da Póvoa,
transformado e adaptado para um Jardim de Infância.
- Montagem de grupos eletrobombas e
sua alimentação (…), Escola Primária
do fetal e outros trabalhos de montagem e desmontagem de grupos,
reparação de grupos, montagem de sondas de comando e trabalhos nos sistemas
de tratamento de água em (…), Pedreira
(elevação para S. Simão);
|
1982
|
|
Obras Novas em 1982
- Construção
dum alpendre na Escola da Póvoa. Pág. 213
|
Rosa, A.
(1967). Anais de Tomar 1870-1900. Tomar: Câmara Municipal de Tomar.
Rosa, A.
(1967). Anais de Tomar 1870-1900. Tomar: Câmara Municipal de Tomar.
Rosa, A.
(1967). Anais de Tomar 1870-1900. Tomar: Câmara Municipal de Tomar.
Rosa, A.
(1967). Anais de Tomar 1870-1900. Tomar: Câmara Municipal de Tomar.
Câmara Municipal de Tomar. (20 de outubro de 1981).
Boletim Cultural e Informativo da Câmara Municipal de Tomar. 20 de outubro
de 1981 - nº2.
Câmara Municipal de Tomar. (20 de outubro de 1982).
Boletim Cultural da Câmara Municipal de Tomar. 20 de outubro de 1982 nº4,
pp. 201-202.
Câmara Municipal de Tomar. (20 de outubro de 1982).
Boletim Cultural da Câmara Municipal de Tomar. 20 de outubro de 1982 nº4,
pp. 201-202.
Escolas da União de
Juntas de Freguesia de Além da Ribeira e Pedreira
1. “Escola de Curso Noturno”
Ano de construção/funcionamento: 1881
Localização: Pedreira, onde é a casa do Sr. José
Garraio - Os pais da D. Ilda Henriques (nascida em 1944) da Pedreira andaram lá
39.640939718236446,
-8.408690729058778
Observações: apenas existe referências no livro
de Amorim Rosa
2. Escola Primária da Pedreira e Jardim
de Infância
Ano de construção/funcionamento: 1931 (Escola Primária) 1980 (Jardim
de Infância)
Localização: Pedreira, Rua Dr. Luiz de Brito
Guimarães
39.63946782215769,
-8.405783265517377
Observações: Informações transcritas da fachada
do edifício:
EDIFÍCIO CONSTRUÍDO SOB O GOVERNO DA
DITADURA NACIONAL
ANO DE 1931
ESTE EDIFÍCIO FOI CONSTRUÍDO NO BIÉNIO
DE 1930 E 1931 POR SUBSCRIÇÃO PÚBLICA E SUBSIDIADO PELO GOVERNO, CÂMARA
MUNICIPAL E JUNTA DE FREGUESIA
Tem uma placa do lado esquerdo onde
diz: ”ESCOLA PRIMÁRIA SEXO MASCULINO”
Quem lutou
para haver Escola na Pedreira foi o Sr Aparício Cardoso (já falecido), palavras
da D. Ilda Henriques
Figura 9 - Escola Primária e Jardim de Infância da
Pedreira com casa para professores em ambas as laterais -
18Mar23 - Cristina Henriques
Figura 10 - Escola Primária e Jardim de Infância da
Pedreira com casa para os professores em ambas as laterais - 18Mar23 - Cristina
Henriques
2. Escola Primária da Póvoa (a primeira)
e depois Jardim de Infância
Ano de construção/funcionamento: 1941 (Escola Primária) 1981 (Jardim
de Infância)
Localização: Póvoa, início da Rua Direita (agora
Centro de Natureza da Póvoa)
39.65422140609666,
-8.404728417555829
Observações:
Em
1910 falou-se que se deveria construir Escola Masculina na Póvoa, em 1919 já se
fala na necessidade de construir Escola Mista, entretanto só passado cerca de 30 anos depois é que foi construída
Figura 11 - Frente da Escola Primária (a primeira) -
ago13 - Cristina Henriques
Figura 12 - Frente da Escola Primária (a primeira) com
o lado para um pequeno recreio - ago13 - Cristina Henriques
Não frequentei com a regularidade que eu teria
gostado o Jardim de Infância,
pois o horário não era compatível com o dos meus
pais a trabalharem em fábricas, mas lembro-me de ser muito feliz, brincar, a
educadora ser muito simpática.
Figura 13 - Escola Primária da Póvoa ( a primeira) -
foto de Manuel Rosa
3. Casa de Ensino do Fetal de Cima (Posto escolar?)
Ano de construção/funcionamento: 1939 a 1958
Localização: Fetal de Cima, início da Rua da
Igreja (junto ao cruzamento da Rua da Masqueira, Rua dos Fetais e Rua dos
Maduros)
39.67263161839888,
-8.413941841377717
Observações:
“A primeira
escola do Fetal de Cima em 1939 estava pronta, mas faltava a professora, por
isso ela abriu em fevereiro de 1940, o Manuel Henriques (meu avô) tinha 10 anos,
o João creio que escola estava a quase a funcionar, os pais esperaram, para não
mandarem os miúdos fazerem 10kms por dia para os Casais ou para os Chãos, etc.
Em junho de 1942, 6 alunos fizeram o exame da terceira classe que eram o
Augusto Rodrigues (mistrador) com 14 anos, o Manuel Henriques e o João, Marques
(Sombrio) com 13 anos, o Albertino Duarte (Bicha) que casou comigo mais tarde
tinha 13 anos, o Joaquim Rodrigues (Batata) com 10 anos e eu Maria Henriques
(Sapateira) filha do Gil Henriques (Sapateiro) do Fetal de Baixo, que mais
tarde foi morar na Póvoa e eu fazia 9 anos em outubro desse ano. Deram-nos um
diploma e assim deixamos a escola. Deram-nos um diploma e assim deixamos a
escola.”
Esta
informação foi dada por mensagem no facebook pela Sra. Maria Duarte Gonçalves a
02 de janeiro de 2014.
4. Escola Primária do Fetal de Cima e
Jardim de Infância
Ano de construção/funcionamento: 1958 (Escola Primária) 19?? (Jardim de Infância
Localização: Fetal de Cima, Rua da Igreja
39.677332804074084,
-8.41377945249001
Observações: Informações transcritas da fachada
do edifício:
M.O.P. (Ministério das Obras Públicas)
D.G.E.M.N. (Direção Geral dos Edifícios e Monumentos
Nacionais)
1958
ESCOLA PRIMÁRIA
Entre pelo menos 2005 e 2012 do lado esquerdo da escola
funcionava como Jardim de Infância e do lado direito como Escola Primária (as
quatro classes em simultâneo).
Figura 14 - Jardim de Infância e Escola Primária do
Fetal de Cima - Ago13 - Cristina Henriques
Figura 15 - Jardim de Infância e Escola Primária do
Fetal de Cima - Ago13 - Cristina Henriques
5. Escola Primária da Póvoa (a mais
recente)
Ano de construção/funcionamento: 1978
Localização: Póvoa, Rua Principal
39.65977448088808,
-8.403697271398746
Observações: Informações transcritas da fachada
do edifício:
C.M.T.
ESCOLA
PRIMÁRIA
Plano de
Construções
M.O.P.
(Ministério das Obras Públicas)
D.G.C.E.
(Direcção-Geral das Construções Escolares)
1982 –
Construção de telheiro
Figura 16 - Escola Primária da Póvoa - Ago13 - Nuno
Ferreira
Na parte da
frente da escola ainda se mantém o mastro para se hastear a bandeira.
Figura 17 - Traseiras da Escola Primária da Póvoa -
Ago13 - Nuno Ferreira
A escola possuía um poço para
abastecimento de água.
Diplomas da 4.ª Classe:
Figura 18 - Diploma 4.ª Classe - Maria Perpétua
Santos Henriques – 1966
Figura 19 - Boletim de passagem de classe
da 3º para a 4ºclasse - Fernanda Manuela Henriques - 1966
Figura 20 - Diploma 4.ª Classe - Fernanda Manuela
Henriques – 1967
Curiosidade:
Figura 21 - Diploma Curso de Dactilografia - Escola