História da Freguesia - Além da Ribeira e Pedreira

1178 - O mais antigo lugar Carvalhal, junto à Ribeira de Ceras – Carvaliar;
Rua antiga - Carvalhal - Agosto 2013

1327 – Referência a 3 Casais na Enxofreira, integrados na Comenda das Pias, do Viriato de Tomar, passaram à Ordem de Tomar;


Enxofreira - Agosto 2013


1426 – Infante D. Henrique nomeia comendador da Póvoa Frei Martins Ferreira;
1497 – Póvoa e Casal Velho (as Casas Velhas de hoje?) como extremo do Celeiro e Adega da Vila de Tomar, que passaram ao Convento de Cristo;
1500 e 1520 – A comenda da Póvoa era em 7 de Agosto de Fernão Pina;

1529 – É publicado um alvará real acerca da proibição de pescar à rede no rio Nabão, são citadas as Lapas com limite dessa proibição;

1530 – É referenciado o Casal da Enxofreira quando são enumerados os limites da freguesia da Sabacheira e Formigais. Também na mesma altura, ao serem enumerados os limites da freguesia Santa Maria dos Casais, começa pelas Casas Velhas “casa em que mora João Dias” (sítio onde se juntavam a freguesia de Casais, S. Pedro de Alviobeira e Pias) e, após dar a volta quase completa, o Porto Compadre e o Vale do Compadre direito à Enxofreira.
Existiriam já a Capela das Lapas (Nossa Senhora da Lapa), a de São Lourenço, junto à Póvoa e ainda de S. Silvestre, além do Carvalhal perto de João Prestes – esta hoje desaparecida.

Havia também vários lugares, como sejam: a Azenha do Cairrão, onde moravam 4 pessoas, o Moinho das Lapas (aquelas pedras “cimentadas” com ferros cravados onde hoje se lava a roupa) com 4 pessoas, a aldeia da Póvoa com 24, a Sabrosa e Enxofreira com 8 cada, o Casal do Poço com 8 e o Casal Novo do Vale do Poço com 4, a Aldeia das Casas Velhas com 44 e o Carvalhal com 12. Nesta altura Vale das Colmeias com 8 moradores pertencia à freguesia de Pias;
Capela de São Lourenço - Séc. XVI - 2013

Habitação em Casas Velhas - 2013

Terceiro Quartel do séc XVI  quando Dr. Pedro Alvares fez o seu tombo no termo das Pias ...o Casal do Val das Colmeias, com 2 moradores;[1]



[1] O Archeologo Português pág 133

1546-1600 – Comenda da Póvoa, comendador – Frei Afonso de Albuquerque – avaliada em 125$000 réis;
1607-1615 – Era Comendador da Póvoa Frei Jorge Pessanha. Nas Posturas Camarárias de 22 de Setembro de 1607, baseadas nas Ordenações Filipinas de 1603, cita-se a proibição de lançar no rio (Nabão) linho a curtir até Nossa Senhora das Lapas com pena de 2$00 réis pagos de cadeia ...
Rio Nabão perto da fonte das Lapas - 2013
Capela da Nossa Senhora das Lapas Séc.XVI - 2013

1641 – É mencionado o nome do proprietário António Duarte da Enxofreira e de uma testemunha do Vale do Poço na questão relativa ao moinho do Agroal. Refere-se que os moinhos das Lapas já estão alagados. Outra testemunha alude aos moinhos da ribeira da Póvoa – Cairrão, Milheira;
1645 – Em 18 de Julho o Convento de Cristo comprou a António Duarte da Enxofreira o moinho que este construíra na Fonte do Agroal;
Fonte do Agroal - Agosto2013

1660 – Em 24 de Janeiro foi dada sentença contra o rendeiro do Moinho do Curto, que é das Religiosas de Santa Iria;
Azenha do Curto - Abril 2012

1661 – Um habitante do Casal Cordeiro “fez um escrito” em que se obrigava a não chamar à sua posse a água do rego (levada) da Milheira, que ia para o Casal das Várzeas.
1682 – O Juiz de fora, deu sentença contra Martim Nabo Pessenha e seu moleiro do moinho da Milheira
Existia um moinho na Milheira, cujas águas seguiam para as várzeas do Prado, seria por aquela calha de madeira que há alguns anos existia atravessando a ribeira um pouco abaixo da atual ponte.
Ponte da Milheira - Abril 2013

1685 (22 de Abril) – Foi mandado demolir um açude e levada no sítio das Lapas, que um habitante da Milheira tinha feito para um Moinho no rio Nabão.
1701 – Existiam quatro Capelas nesta zona a da Enxofreira, de orago desconhecido e a do Carvalhal, sendo o S. Silvestre o seu padroeiro, ambas desaparecidas; a de São Lourenço na Póvoa, e a de Nossa Senhora das Lapas à Beira do rio, perto dos Casais Novos;
1710 – Existe um Lagar na Póvoa;
1717 – O Juiz de Fora de Tomar, deu sentença a Luís de Salazar de Vasconcelos e contra o seu moleiro do Moinho da Milheira-Póvoa sobre as águas que vinham do dito moinho para as Várzeas do Prado;
1732 – A freguesia dos Casais era a terceira na região os atuais concelhos de Tomar e Ferreira do Zêzere, tendo 388 fogos e 1181 pessoas, sendo somente ultrapassado pela Santa Maria do Olival (Tomar), com 788 fogos, e pela Serra, com 1287 pessoas com só 311 fogos;
1747 – O Juiz [i]da Vintena da Póvoa era dos Casais Novos. (Vintena era um grupo de vinte fogos cuja autoridade máxima era o juiz (que poderia ser analfabeto) e que era auxiliado por um Escrivão. A vintena mantinha os lugares mais importantes na época – Póvoa, Vale do Poço e Carvalhal). Aparece referência ao ofício de Tecedeira no Carvalhal, existe a Comenda da Póvoa e o Lagar das Lapas;
Travessa Nossa Sra das Lapas - Agosto 2013
Rua da Escola - Póvoa - Agosto 2013
Travessa da Lagoa - Vale do Poço - Agosto 2013
Rua Antiga - Carvalhal - Agosto 2013

1748 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Nunes, casado, da Milheira. Também havia um nomeado (incógnito) para o Vale do Poço;
1749/50 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Antunes dos Casais Novos. Também havia um nomeado (incógnito) para o Carvalhal da Póvoa;
1751 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel António do mesmo lugar;
1752 – No dia 10 de Fevereiro, a Vereação deu juramento ao Juiz da Vintena de Vale Cabrito, António Lopes do Carvalhal Pequeno.
1753 – O Juiz da Vintena da Póvoa era António Martins das Casas Novas;
1754 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Veríssimo Ferreira de Vale do Poço. Também havia um nomeado (incógnito) para o Carvalhal da Póvoa;
1755 - Terramoto - “Sobre os Casais ou Casais da Soana, diz a resposta ao inquérito do Marquês de Pombal: Foy o terremoto... das 9 para as 10 horas da manhã duraria oyo ou nove minutos e no mesmo dia ouve mais duos! ...E cahirão sinco cazas em o lugar da Póvoa situada em huma continua penedia lugar de lemitados edifícios que apenas tem algumas cazas com um sobrado como em toda a freguezia, por ser pobre toda ella, ...Em toda a freguesia nao morreo pessoa alguma com o terremoto. E no rio Nabão que devide esta freguezia se vio levantar fora do seu natural mais de oyto palmos nas vizinhanças da milagrosa senhora das Lapas que he da mesma freguezia e suas agoas correrão por alguns dias turvas, como todas as fontes da mesma freguezia. Não houve incêndio. De 1 de Fevereiro de 1756. O Vigário, Frey Patrício Duarte."
1767 – O Comendador da Póvoa, D. Cristovão Manuel de Vilhena mandou meter mais uma vara no Lagar de Azeite da sua Comenda (Lagar das Lapas);
1775 – O Juiz da Vintena da Póvoa era do Vale das Colmeias e o Recebedor da Décima da Freguesia de Casais era do Fetal;
Vale das Colmeias - Agosto 2013

1777 - O Juiz da Vintena da Póvoa era Francisco Nunes do Casal das Paredes;
Ruínas da antiga aldeia de Paredes - Agosto 2013

1779 - O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Antunes do Vale das Colombas;
1781 – O Escrivão da Vintena da Póvoa era Domingues Nunes do Fetal, o Juiz era João António, Barbeiro da Póvoa e o Dr. Agostinho Ferreira, do Vale do Poço, continuava com o respetivo casal aforado.
Era rendeiro da Comenda da Póvoa, João da Fonseca Salvado. Sargento-Mor da Vila de Cardigos;
1783 – O Recebedor da Décima da Freguesia era Bernardo Ferreira do Vale do Poço, o do subsídio literário era do Fetal e o Juiz da Vintena da Póvoa era Agostinho Ferreira das Lapas, o Escrivão, Francisco Brito da Póvoa;
1784 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel António do Vale das Colmeias;
1786 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Antunes do Vale das Colmeias e o Escrivão, Manuel Antunes dos Casais Novos;
1787 – O Recebedor da Décima era da Enxofreira e novamente era referido o Dr. Agostinho Ferreira do Vale do Poço;
1788 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Agostinho Ferreira e o Escrivão Manuel da Rosa;
1789 – O Escrivão da Achada da Póvoa era Manuel da Guia do Fetal, o Dr. Agostinho Ferreira do Vale do Poço, então com 50 anos foi eleito para Capitão das Ordenanças dos Casais. O Recebedor da Décima da Freguesia era Manuel António Carrão da Enxofreira, o Juiz da Vintena da Póvoa era José Nunes também da Póvoa;
1790 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Antunes do Vale das Colmeias e o Escrivão era Manuel Nunes das Paredes (lugar atualmente abandonado). A Comenda da Póvoa estava arrendada;
Ruínas da antiga aldeia de Paredes - Agosto 2013

1791 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Agostinho Ferreira, e o Escrivão António Martins, ambos da Póvoa;
1792 – João António da Sabiniza (Sabrosa?) era Juiz da Vintena da Póvoa e o Recebedor do Subsídio Literário na freguesia era já o referido Manuel António Carrão da Enxofreira, o escrivão era Nicolau Nunes da Póvoa;
1793 – Manuel da Guia continuava a ser o Escrivão da Vintena da Póvoa e o do Subsídio Literário da Enxofreira, o Juiz era José Henriques, o recebedor da Sisa e da Décima nos Casais era João Vicente Nogueira da Póvoa (entre outros);
Enxofreira - Casa do "Ti Pianam" - Agosto 2013

1794 – O Juiz da Vintena da Póvoa era João Vicente do mesmo lugar e o escrivão António Martins da Costa;
1795 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Antunes do Vale das Colmeias e o Escrivão era Agostinho Alves do Vale do Poço;
Vale do Poço - Agosto 2013

1796 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel da Rosa e o Escrivão Manuel Henriques, ambos do Fetal;
Rua dos Ferreiros - Fetal de Cima - Agosto 2013

1797 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Henriques da Roca, o Escrivão era Manuel Henriques da Guia, o recebedor da Décima nos Casais era João Vicente da Póvoa;
1798 – O recebedor da Décima dos Casais era João Vicente Nogueira da Póvoa;, o Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Antunes dos Casais Novos e o Escrivão era Nicolau Nunes da Póvoa;
1799 – O Juiz da Vintena da Póvoa era Manuel Ferreira e o Escrivão Manuel Henriques da Póvoa, o recebedor da Décima dos Casais era Manuel António da Enxofreira;

Enxofreira - Agosto 2013

1802 – Foi eleito um morador da Póvoa como Recebedor do Subsídio Militar da Dízima e confirmada a eleição do Juiz da Vintena do mesmo lugar;
Póvoa - Agosto 2013

1803 – Manuel Ribeiro Frade da Póvoa, ocupou o lugar de Juiz dessa Vintena por desistência dos dois anteriormente eleitos, sendo Escrivão Manuel Nunes das Paredes. Dois dos três recebedores da Décima da Freguesia era um da Enxofreira e o outro da Pena (ou Póvoa?);
Ruínas da aldeia de Paredes - Agosto 2013

1804 – António de Almeida Ferreira, da Enxofreira, ao posto de Alferes da Companhia de Ordenanças de Casais;
1808 – A Vintena da Póvoa tinha o Juiz do mesmo lugar e o Escrivão do Carvalhal;
Carvalhal - Agosto 2013

1811 – Durante as invasões Francesas a zona ficou mais pobre e desorganizada, começando a compor-se a partir deste ano com a nomeação dos leitos Juiz e Escrivão da Vintena da Póvoa, ambos do Fetal, sendo em Julho substituído o Juiz por um do Vale do Poço, no final de Agosto por um da Póvoa e em Setembro por um do Vale das Colmeias;
1812 – O Recebedor da Décima da freguesia é da Póvoa;
Traseiras da Casa do Séc. XVI - XVII na Póvoa - Agosto 2013

1813 – O Juiz desta Vintena é do Vale das Colmeias e o Escrivão das Paredes, sendo da Póvoa um dos dois louvados da Décima;
1814 – Um dos Recebedores da Dízima era da Póvoa;
1815 – Os Dadores do Almoxarife da Mesa Mestral da Ordem de Cristo, eram Bernardo Ferreira do Vale do Poço e Manuel António Ferreira da Enxofreira;
1816 – O Escrivão da Vintena da Póvoa era Miguel da Costa do Fetal de Baixo (lugar que é mencionado pela primeira vez);
Fetal de Baixo - Agosto 2013

1822 – Um dos dois finadores (cobradores) da Décima da Freguesia era do Vale das Colmeias;
1823 – Havia duas Vintenas neste ramo: a da Póvoa cujo Juiz era das Paredes e a do Vale do Poço em que o Juiz e o Escrivão eram de Vale das Colmeias. Neste mesmo ano foi escusado do lugar de Escrivão da Vintena da Póvoa, Manuel João do Fetal, sendo substituído por um morador da Póvoa, Feliciano José Henriques;
1824 – Juiz da Vintena da Póvoa o Feliciano José Henriques e o Escrivão era Serafim José dos Casais Novos, e a Vintena do Vale do Poço tinha um Juiz do Vale das Colmeias e o Escrivão do Fetal de Cima (primeira referência a este lugar);
Fetal de Cima - Agosto 2013

1825 – O Juiz da Vintena do Vale do Poço era do Fetal  e o Escrivão do Carvalhal, sendo o Juiz Vintena da Póvoa era da Póvoa e o Escrivão do Fetal. Manuel Lopes, do Vale das Colmeias era um dos fintadores do lançamento da Dízima da Freguesia;
1826 – Existiam nesta zona duas vintenas a do Vale do Poço e a da Póvoa. A freguesia dos Casais tinha 403 fogos, acima seguiam Tomar com 974, Serra com 582 e Olalhas  com 434, a baixo vinha a Madalena com 266 fogos;
1936 – Foram criadas as seguintes áreas de atuação dos cabos de Polícia: Póvoa, Vale do Poço e Casas Velhas;
Casas Velhas - Agosto 2013

1839 – Foram designados os cabos de polícia para os seguintes locais: Póvoa, Fervença, Sabrosa, Carvalhal, Fetais, Vale do Poço, Enxofreira, Vale das Colmeias e Paredes.
1841 – Manuel Marques da Póvoa, pediu aforamento de dois insignificantes baldios. Nesta data a Fonte da Póvoa precisava de ser concertada.
1842 – A freguesia de Casais tinha 478 fogos, sendo ultrapassado por Tomar com 792, Serra com 615 e Olalhas com 489 e seguindo-se-lhe Paialvo com 360. A Câmara ajudou a reparação da antiga ponte da Milheira;
1844 – O único cemitério da freguesia é no adro dos Casais. José Maria Godinho de Cabral e Sá, do Vale do Poço, foi o lavrador escolhido como representante do nosso concelho para com os dos restantes concelhos do distrito elegerem o vogal para a Companhia de Inspeção do Tesouro Público.
1845 – A ponte do Sobreirinho aguarda a sua reconstrução por o dono do moinho não a ter feito. Era um ponto de passagem dos povos de um para o outro lado do rio. Vários moradores da Póvoa queixam-se à Câmara pelo fato de Bartolomeu Testa dono do moinho do Sobreirinho ter feito um açude mais alto e querer por uma calçada no rio em vez de ponte;
Sobreirinho . Abril 2013

1855 – Foi arrematada a reconstrução da Ponte da Milheira que fora inutilizada pela cheia;
1864 – Foi descoberto nos arredores do Carvalhal um jazigo de gesso;
Sepulturas medievais - Carvalhal - Agosto 2013

1866 – Chamava-se concelhia, embora em péssimo estado a estrada que vinha dos Casais, passava pela Póvoa, Casas Velhas e terminava em Formigais;
1870 – Um grupo de 13 cidadãos da Póvoa requereu à Câmara a reparação da ponte em madeira da Milheira;
1872 – Existiam nesta zona as seguintes capelas: de Nossa Senhora das Lapas, junto ao Rio; de São Lourenço na Póvoa, Ermida de Nossa Senhora Mãe dos Homens também na Póvoa, que pertencia aos herdeiros do Dr. António Luzes de Sousa (onde se encontram as ruínas desta);
1874 – A Fábrica de Papel do Sobreirinho empregava 21 homens e 33 mulheres, sendo a maior parte destes empregados do lugar da Póvoa. Neste mesmo ano a 7 de Agosto, os habitantes da Póvoa expuseram à Câmara a sua indignação pelo facto de o administrador da Fábrica de Papel do Sobreirinho, Silvério da Costa Gonçalves, ter de tal modo alterado o respetivo açude que a Fonte do Rio ficara inundada pelas águas represadas. Manuel Henriques, da Póvoa, requereu à Câmara autorização para colocar uma roda no sítio do Caldeirão, no local onde em tempos existia outra;
Fábrica do Sobreirinho - Abril 2013

1875 – Na sessão de 14 de Maio e depois em 30 de Julho foi apresentado um requerimento de Silvério Costa Gonçalves, sócio-gerente da Fábrica de Papel do Sobreirinho, dizendo que alguns proprietários das rodas colocadas na parte inferior da mesma, por tal forma vão elevando os açudes das referidas rodas que nas águas represadas estorvam o regular andamento do motor da Fábrica, por ficar não pouco metido debaixo de água. Que na parte superior da Fábrica existe, marcada pela Câmara, a máxima altura a que se pode elevar a água do rio, e isto em benefício da agricultura; e como em presença desta demarcação não seja possível elevar-se nem o açude nem o motor da fábrica, pedia à Câmara providências;
1876 – O proprietário da Fábrica de Papel do Sobreirinho era João Delgado da Silva e foi deliberada a reconstrução da Ponte sobre a ribeira da Póvoa, no sítio da Milheira, freguesia dos Casais;
1877 – Os limites da freguesia dos Casais eram Outeiro do Monte de Trigo, a Ribeira da Foz ou da Póvoa, povoações próximas: Vale das Colmeias e Paredes.
 1878 – Encontra-se mencionado pela 1ª vez o RAMO DE ALÉM DA RIBEIRA ao ser pedido pelos habitantes da Póvoa que o caminho do Prado ao Vale do Poço fosse reparado com o trabalho braçal desta zona. Ainda neste ano a Freguesia dos Casais tinha 2390 habitantes, sendo unicamente suplantada pela Serra com 3033 e por Tomar com 5191.
1882 – Ano em que foi inaugurada a Fábrica de Papel de Porto de Cavaleiros (8 de Março).A Fábrica de Papel do Sobreirinho bem como os seus moinhos de água foram vendidos por António Santos Monteiro à Fábrica do Papel do Prado e Marianaia (25 de Abril). Foi também deliberado criar uma escola mista no lugar do Carvalhal (onde foi criada?);
1883 – Foi novamente requerido à Câmara que mandasse consertar a ponte sobre a ribeira da Póvoa, no sítio da Milheira;
1884 – Sebastião Marques, da Fervença, tinha uma roda de regar entre as Lapas e Porto de Cavaleiros e estava a construir um canal de alvenaria, ao que parece para construir um moinho;
1885 – Diversos habitantes da Enxofreira e Vale das Colmeias pediram à Câmara que procedesse às obras necessárias no poço do Espargal (entre aqueles dois lugares) a fim de terem água;
1886 – Foi pedida a construção duma ponte sobre a ribeira da Póvoa, no sítio da Fervença, por ser ali um ponto de muita passagem para a Igreja Matriz;
Ponte da Fervença - 2005

1887 – A Junta de Formigais, requereu à Câmara de Tomar que a chamada estrada de Tomar a Formigais (que estava a ser feita pela outra banda do rio) seguisse de Tomar a Formigais passando pelo Prado e pela Póvoa;
1888 – Foram aprovados pela Câmara as obras nos caminhos da Póvoa e da Enxofreira à Igreja Matriz;
1889 – Foi deliberado fazer as avenidas da Ponte sobre a Ribeira da Póvoa (Milheira?), um caminho no lugar da Enxofreira e a fonte deste lugar (onde?). Também foi resolvido reconstruir o caminho entre a Póvoa e a Ponte da Milheira, obra esta que foi arrematada;

1892 – Havia um açude de pedra no Sobreirinho;
1898 – Foi reparada a Fonte da Póvoa e foi aprovado o projeto para a construção da atual Ponte da Milheiriça, na ribeira da Póvoa;
1901 – José da Graça, da Enxofreira, era um dos dois lançadores da Côngrua na Freguesia de Casais (1902, 1903, 1904 e, também, nesta data, foram expropriados os terrenos de Joaquim Gomes da Silva (do Pintado), necessários à construção da Ponte da Milheira;
1903 – Foi executada a 2ª empreitada da Ponte da Milheira e aprovada a 3ª;
1904 – José Fernandes, da Póvoa, era um dos cidadãos a presidir às eleições da Junta da Paróquia dos Casais;
1908 – Um grupo de 23 habitantes da Póvoa pediu a reparação da antiga Ponte da Milheira;
Ponte da Milheira - Agosto 2013
1909 – Um tremor de terra, fez ruir algumas casas na Póvoa e povoados próximos;
1911 – Após a implantação da República foram feitos arrolamento às seguintes capelas: São Lourenço e Nossa Senhora Mãe dos Homens na Póvoa e Nossa Senhora das Lapas à beira do rio;
1913 – A Câmara resolveu concluir a Ponte da Milheiriça em face do pedido das ofertas de habitantes desta zona.
Foi criada uma escola masculina na Póvoa;
Antiga Escola Primária da Póvoa . Agosto 2013

1919 – A Comissão Municipal considerou necessária uma Escola Feminina na Póvoa;
1920 – Foi mandado fazer o estudo do ramal da estrada que liga o caminho à Ponte da Milheira. Aprovado este, em face da oferta, por parte do povo, da terraplanagem e do terreno a expropriar, foi a população autorizada a fazer a terraplanagem;
1921 – A pedido da Junta dos Casais, foi o arrematante da Ponte da Milheira intimado pela Câmara a concluir as obras;
1923 – A mesma Junta pediu à Câmara que as calhas de ferro (vigas, tipo carril) da antiga Ponte da Milheira, fossem cedidas para a Ponte do Sobreirinho, o que foi concedido;
1924 – A Junta dos Casais pediu à Câmara que contribuísse com qualquer montante duma Ponte no Sobreirinho (sobre o rio Nabão);

1925 - Foram mandadas completar as grades de pedra da Ponte da Milheira. Foi publicada em ECOS de TOMAR, de 29/1, a Lenda de Nossa Senhora da Lapa;

1958 – Foi construída a Escola Primária do Fetal de Cima;
Escola Primária e Jardim Escola de Fetal de Cima -  Agosto 2013

1968 – Foi inaugurada em 29 de Setembro a Igreja Paroquial de Além da Ribeira;
Igreja Paroquial - Sagrado Coração de Jesus - Portela da Vila . Agosto 2013

1978 – Foi construída a Escola Primária da Póvoa;
Escola Primária da Póvoa - Agosto 2013

1981 – Iniciou atividade como Jardim Escola a antiga Escola Primária Masculina da Póvoa;
Há cerca de 30 anos em frente ao Jardim Escola da Póvoa - foto Turma do Rio (facebook)


1985 – Foi criada a Freguesia de Além da Ribeira;

A história da Freguesia de Além da Ribeira não pode ser descrita sem que se fale na Freguesia de Casais pois até à data de 1985 existia apenas e só a Freguesia de Casais. A desanexação ocorreu por Decreto-Lei n.º 103/85 (PDF-1399 Kb). Fazendo parte da Freguesia de Além da Ribeira (pelo mesmo Decreto-Lei) as povoações: Carvalhal, Casais Novos, Casas Velhas, Enxofreira, Fetal de Baixo, Fetal de Cima, Fervença, Milheira, Póvoa, Sabrosa, Vale das Colmeias, Vale do Poço, Vale Venteiro e Vales.

Com o 25 de Abril, a intervenção e participação das populações na solução dos problemas que afligiam os lugares onde residiam proporcionou-lhes um sentimento responsável e empenhado na vida colectiva, mas a esta nova realidade ainda não correspondia uma divisão administrativa actualizada.

Era aspiração de várias gerações dos habitantes dos lugares, acima mencionados, pertencentes anteriormente à Freguesia de Casais, Concelho de Tomar, a criação de uma Freguesia com o nome de Além da Ribeira, pois desde tempos muito antigos e ainda hoje, é esta a denominação corrente utilizada para designar os limites abrangidos pelo conjunto de povoações acima enumeradas e que pretendem ser incluídas na nova circunscrição.

O termo “Além da Ribeira” teve a sua origem, segundo os populares idosos, no facto de, desde sempre, ter havido uma forte dissimilitude e uma separação nítida entre esta zona e a parte restante da freguesia de Casais, as quais, entre si, se consideravam fisicamente demarcadas pela Ribeira da Fervença e montes limítrofes.

Com a criação da nova Freguesia é agora possível oficializar uma designação que sempre serviu para individualizar toponimicamente a identidade própria desta zona.

A fim de dar satisfação aos desejos dos habitantes da área de Além da Ribeira, a sede ficou situada no lugar de Vale Venteiro, em edifício já construído para o efeito, por localizar-se aqui, aproximadamente, o centro geográfico da freguesia.

2013 – União das Freguesias de Além da Ribeira e Pedreira;




[i][i] As nomeações do respetivo Juiz e Escrivão só eram feitas confirmando eleições anteriores efetuadas todos os anos.



 

 

 

 

 

 

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