1641 – É mencionado o nome do
proprietário António Duarte da Enxofreira e de uma testemunha do Vale do Poço
na questão relativa ao moinho do Agroal. Refere-se que os moinhos das Lapas já
estão alagados. Outra testemunha alude aos moinhos da ribeira da Póvoa –
Cairrão, Milheira;
1645 – Em 18 de Julho o
Convento de Cristo comprou a António Duarte da Enxofreira o moinho que este
construíra na Fonte do Agroal;
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Fonte do Agroal - Agosto2013 |
1660 – Em 24 de Janeiro foi
dada sentença contra o rendeiro do Moinho do Curto, que é das Religiosas de
Santa Iria;
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Azenha do Curto - Abril 2012 |
1661 – Um habitante do Casal
Cordeiro “fez um escrito” em que se obrigava a não chamar à sua posse a água do
rego (levada) da Milheira, que ia para o Casal das Várzeas.
1682 – O Juiz de fora, deu
sentença contra Martim Nabo Pessenha e seu moleiro do moinho da Milheira
Existia um moinho na Milheira,
cujas águas seguiam para as várzeas do Prado, seria por aquela calha de madeira
que há alguns anos existia atravessando a ribeira um pouco abaixo da atual
ponte.
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Ponte da Milheira - Abril 2013 |
1685 (22 de Abril) – Foi
mandado demolir um açude e levada no sítio das Lapas, que um habitante da
Milheira tinha feito para um Moinho no rio Nabão.
1701 – Existiam quatro Capelas
nesta zona a da Enxofreira, de orago desconhecido e a do Carvalhal, sendo o S.
Silvestre o seu padroeiro, ambas desaparecidas; a de São Lourenço na Póvoa, e a
de Nossa Senhora das Lapas à Beira do rio, perto dos Casais Novos;
1710 – Existe um Lagar na
Póvoa;
1717 – O Juiz de Fora de
Tomar, deu sentença a Luís de Salazar de Vasconcelos e contra o seu moleiro do
Moinho da Milheira-Póvoa sobre as águas que vinham do dito moinho para as
Várzeas do Prado;
1732 – A freguesia dos Casais
era a terceira na região os atuais concelhos de Tomar e Ferreira do Zêzere,
tendo 388 fogos e 1181 pessoas, sendo somente ultrapassado pela Santa Maria do
Olival (Tomar), com 788 fogos, e pela Serra, com 1287 pessoas com só 311 fogos;
1747 – O Juiz [i]da
Vintena da Póvoa era dos Casais Novos. (Vintena era um grupo de vinte fogos
cuja autoridade máxima era o juiz (que poderia ser analfabeto) e que era
auxiliado por um Escrivão. A vintena mantinha os lugares mais importantes na
época – Póvoa, Vale do Poço e Carvalhal). Aparece referência ao ofício de
Tecedeira no Carvalhal, existe a Comenda da Póvoa e o Lagar das Lapas;
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Travessa Nossa Sra das Lapas - Agosto 2013 |
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Rua da Escola - Póvoa - Agosto 2013 |
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Travessa da Lagoa - Vale do Poço - Agosto 2013 |
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Rua Antiga - Carvalhal - Agosto 2013 |
1748 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel Nunes, casado, da Milheira. Também havia um nomeado
(incógnito) para o Vale do Poço;
1749/50 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel Antunes dos Casais Novos. Também havia um nomeado (incógnito)
para o Carvalhal da Póvoa;
1751 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel António do mesmo lugar;
1752 – No dia 10 de Fevereiro,
a Vereação deu juramento ao Juiz da Vintena de Vale Cabrito, António Lopes do
Carvalhal Pequeno.
1753 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era António Martins das Casas Novas;
1754 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Veríssimo Ferreira de Vale do Poço. Também havia um nomeado
(incógnito) para o Carvalhal da Póvoa;
1755 - Terramoto - “Sobre os Casais ou Casais da Soana, diz a resposta ao inquérito do Marquês de Pombal: Foy o terremoto... das 9 para as 10 horas da manhã duraria oyo ou nove minutos e no mesmo dia ouve mais duos! ...E cahirão sinco cazas em o lugar da Póvoa situada em huma continua penedia lugar de lemitados edifícios que apenas tem algumas cazas com um sobrado como em toda a freguezia, por ser pobre toda ella, ...Em toda a freguesia nao morreo pessoa alguma com o terremoto. E no rio Nabão que devide esta freguezia se vio levantar fora do seu natural mais de oyto palmos nas vizinhanças da milagrosa senhora das Lapas que he da mesma freguezia e suas agoas correrão por alguns dias turvas, como todas as fontes da mesma freguezia. Não houve incêndio. De 1 de Fevereiro de 1756. O Vigário, Frey Patrício Duarte."
1767 – O Comendador da Póvoa,
D. Cristovão Manuel de Vilhena mandou meter mais uma vara no Lagar de Azeite da
sua Comenda (Lagar das Lapas);
1775 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era do Vale das Colmeias e o Recebedor da Décima da Freguesia de Casais
era do Fetal;
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Vale das Colmeias - Agosto 2013 |
1777 - O Juiz da Vintena da
Póvoa era Francisco Nunes do Casal das Paredes;
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Ruínas da antiga aldeia de Paredes - Agosto 2013 |
1779 - O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel Antunes do Vale das Colombas;
1781 – O Escrivão da Vintena
da Póvoa era Domingues Nunes do Fetal, o Juiz era João António, Barbeiro da
Póvoa e o Dr. Agostinho Ferreira, do Vale do Poço, continuava com o respetivo
casal aforado.
Era rendeiro da Comenda da
Póvoa, João da Fonseca Salvado. Sargento-Mor da Vila de Cardigos;
1783 – O Recebedor da Décima
da Freguesia era Bernardo Ferreira do Vale do Poço, o do subsídio literário era
do Fetal e o Juiz da Vintena da Póvoa era Agostinho Ferreira das Lapas, o
Escrivão, Francisco Brito da Póvoa;
1784 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel António do Vale das Colmeias;
1786 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel Antunes do Vale das Colmeias e o Escrivão, Manuel Antunes dos
Casais Novos;
1787 – O Recebedor da Décima
era da Enxofreira e novamente era referido o Dr. Agostinho Ferreira do Vale do
Poço;
1788 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Agostinho Ferreira e o Escrivão Manuel da Rosa;
1789 – O Escrivão da Achada da
Póvoa era Manuel da Guia do Fetal, o Dr. Agostinho Ferreira do Vale do Poço,
então com 50 anos foi eleito para Capitão das Ordenanças dos Casais. O
Recebedor da Décima da Freguesia era Manuel António Carrão da Enxofreira, o
Juiz da Vintena da Póvoa era José Nunes também da Póvoa;
1790 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel Antunes do Vale das Colmeias e o Escrivão era Manuel Nunes das
Paredes (lugar atualmente abandonado). A Comenda da Póvoa estava arrendada;
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Ruínas da antiga aldeia de Paredes - Agosto 2013 |
1791 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Agostinho Ferreira, e o Escrivão António Martins, ambos da Póvoa;
1792 – João António da Sabiniza
(Sabrosa?) era Juiz da Vintena da Póvoa e o Recebedor do Subsídio Literário na
freguesia era já o referido Manuel António Carrão da Enxofreira, o escrivão era
Nicolau Nunes da Póvoa;
1793 – Manuel da Guia
continuava a ser o Escrivão da Vintena da Póvoa e o do Subsídio Literário da
Enxofreira, o Juiz era José Henriques, o recebedor da Sisa e da Décima nos
Casais era João Vicente Nogueira da Póvoa (entre outros);
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Enxofreira - Casa do "Ti Pianam" - Agosto 2013 |
1794 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era João Vicente do mesmo lugar e o escrivão António Martins da Costa;
1795 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel Antunes do Vale das Colmeias e o Escrivão era Agostinho Alves
do Vale do Poço;
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Vale do Poço - Agosto 2013 |
1796 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel da Rosa e o Escrivão Manuel Henriques, ambos do Fetal;
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Rua dos Ferreiros - Fetal de Cima - Agosto 2013 |
1797 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel Henriques da Roca, o Escrivão era Manuel Henriques da Guia, o
recebedor da Décima nos Casais era João Vicente da Póvoa;
1798 – O recebedor da Décima
dos Casais era João Vicente Nogueira da Póvoa;, o Juiz da Vintena da Póvoa era
Manuel Antunes dos Casais Novos e o Escrivão era Nicolau Nunes da Póvoa;
1799 – O Juiz da Vintena da
Póvoa era Manuel Ferreira e o Escrivão Manuel Henriques da Póvoa, o recebedor
da Décima dos Casais era Manuel António da Enxofreira;
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Enxofreira - Agosto 2013 |
1802 – Foi eleito um morador
da Póvoa como Recebedor do Subsídio Militar da Dízima e confirmada a eleição do
Juiz da Vintena do mesmo lugar;
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Póvoa - Agosto 2013 |
1803 – Manuel Ribeiro Frade da
Póvoa, ocupou o lugar de Juiz dessa Vintena por desistência dos dois
anteriormente eleitos, sendo Escrivão Manuel Nunes das Paredes. Dois dos três
recebedores da Décima da Freguesia era um da Enxofreira e o outro da Pena (ou Póvoa?);
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Ruínas da aldeia de Paredes - Agosto 2013 |
1804 – António de Almeida
Ferreira, da Enxofreira, ao posto de Alferes da Companhia de Ordenanças de
Casais;
1808 – A Vintena da Póvoa
tinha o Juiz do mesmo lugar e o Escrivão do Carvalhal;
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Carvalhal - Agosto 2013 |
1811 – Durante as invasões
Francesas a zona ficou mais pobre e desorganizada, começando a compor-se a
partir deste ano com a nomeação dos leitos Juiz e Escrivão da Vintena da Póvoa,
ambos do Fetal, sendo em Julho substituído o Juiz por um do Vale do Poço, no
final de Agosto por um da Póvoa e em Setembro por um do Vale das Colmeias;
1812 – O Recebedor da Décima
da freguesia é da Póvoa;
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Traseiras da Casa do Séc. XVI - XVII na Póvoa - Agosto 2013 |
1813 – O Juiz desta Vintena é
do Vale das Colmeias e o Escrivão das Paredes, sendo da Póvoa um dos dois
louvados da Décima;
1814 – Um dos Recebedores da
Dízima era da Póvoa;
1815 – Os Dadores do
Almoxarife da Mesa Mestral da Ordem de Cristo, eram Bernardo Ferreira do Vale
do Poço e Manuel António Ferreira da Enxofreira;
1816 – O Escrivão da Vintena
da Póvoa era Miguel da Costa do Fetal de Baixo (lugar que é mencionado pela
primeira vez);
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Fetal de Baixo - Agosto 2013 |
1822 – Um dos dois finadores
(cobradores) da Décima da Freguesia era do Vale das Colmeias;
1823 – Havia duas Vintenas
neste ramo: a da Póvoa cujo Juiz era das Paredes e a do Vale do Poço em que o
Juiz e o Escrivão eram de Vale das Colmeias. Neste mesmo ano foi escusado do
lugar de Escrivão da Vintena da Póvoa, Manuel João do Fetal, sendo substituído
por um morador da Póvoa, Feliciano José Henriques;
1824 – Juiz da Vintena da
Póvoa o Feliciano José Henriques e o Escrivão era Serafim José dos Casais
Novos, e a Vintena do Vale do Poço tinha um Juiz do Vale das Colmeias e o
Escrivão do Fetal de Cima (primeira referência a este lugar);
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Fetal de Cima - Agosto 2013 |
1825 – O Juiz da Vintena do
Vale do Poço era do Fetal e o Escrivão
do Carvalhal, sendo o Juiz Vintena da Póvoa era da Póvoa e o Escrivão do Fetal.
Manuel Lopes, do Vale das Colmeias era um dos fintadores do lançamento da
Dízima da Freguesia;
1826 – Existiam nesta zona
duas vintenas a do Vale do Poço e a da Póvoa. A freguesia dos Casais tinha 403
fogos, acima seguiam Tomar com 974, Serra com 582 e Olalhas com 434, a baixo vinha a Madalena com 266
fogos;
1936 – Foram criadas as
seguintes áreas de atuação dos cabos de Polícia: Póvoa, Vale do Poço e Casas
Velhas;
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Casas Velhas - Agosto 2013 |
1839 – Foram designados os
cabos de polícia para os seguintes locais: Póvoa, Fervença, Sabrosa, Carvalhal,
Fetais, Vale do Poço, Enxofreira, Vale das Colmeias e Paredes.
1841 – Manuel Marques da
Póvoa, pediu aforamento de dois insignificantes baldios. Nesta data a Fonte da
Póvoa precisava de ser concertada.
1842 – A freguesia de Casais
tinha 478 fogos, sendo ultrapassado por Tomar com 792, Serra com 615 e Olalhas
com 489 e seguindo-se-lhe Paialvo com 360. A Câmara ajudou a reparação da
antiga ponte da Milheira;
1844 – O único cemitério da
freguesia é no adro dos Casais. José Maria Godinho de Cabral e Sá, do Vale do
Poço, foi o lavrador escolhido como representante do nosso concelho para com os
dos restantes concelhos do distrito elegerem o vogal para a Companhia de
Inspeção do Tesouro Público.
1845 – A ponte do Sobreirinho
aguarda a sua reconstrução por o dono do moinho não a ter feito. Era um ponto
de passagem dos povos de um para o outro lado do rio. Vários moradores da Póvoa
queixam-se à Câmara pelo fato de Bartolomeu Testa dono do moinho do Sobreirinho
ter feito um açude mais alto e querer por uma calçada no rio em vez de ponte;
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Sobreirinho . Abril 2013 |
1855 – Foi arrematada a
reconstrução da Ponte da Milheira que fora inutilizada pela cheia;
1864 – Foi descoberto nos
arredores do Carvalhal um jazigo de gesso;
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Sepulturas medievais - Carvalhal - Agosto 2013 |
1866 – Chamava-se concelhia,
embora em péssimo estado a estrada que vinha dos Casais, passava pela Póvoa,
Casas Velhas e terminava em Formigais;
1870 – Um grupo de 13 cidadãos
da Póvoa requereu à Câmara a reparação da ponte em madeira da Milheira;
1872 – Existiam nesta zona as
seguintes capelas: de Nossa Senhora das Lapas, junto ao Rio; de São Lourenço na
Póvoa, Ermida de Nossa Senhora Mãe dos Homens também na Póvoa, que pertencia
aos herdeiros do Dr. António Luzes de Sousa (onde se encontram as ruínas
desta);
1874 – A Fábrica de Papel do
Sobreirinho empregava 21 homens e 33 mulheres, sendo a maior parte destes
empregados do lugar da Póvoa. Neste mesmo ano a 7 de Agosto, os habitantes da
Póvoa expuseram à Câmara a sua indignação pelo facto de o administrador da
Fábrica de Papel do Sobreirinho, Silvério da Costa Gonçalves, ter de tal modo
alterado o respetivo açude que a Fonte do Rio ficara inundada pelas águas
represadas. Manuel Henriques, da Póvoa, requereu à Câmara autorização para
colocar uma roda no sítio do Caldeirão, no local onde em tempos existia outra;
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Fábrica do Sobreirinho - Abril 2013 |
1875 – Na sessão de 14 de Maio
e depois em 30 de Julho foi apresentado um requerimento de Silvério Costa
Gonçalves, sócio-gerente da Fábrica de Papel do Sobreirinho, dizendo que alguns
proprietários das rodas colocadas na parte inferior da mesma, por tal forma vão
elevando os açudes das referidas rodas que nas águas represadas estorvam o
regular andamento do motor da Fábrica, por ficar não pouco metido debaixo de
água. Que na parte superior da Fábrica existe, marcada pela Câmara, a máxima
altura a que se pode elevar a água do rio, e isto em benefício da agricultura;
e como em presença desta demarcação não seja possível elevar-se nem o açude nem
o motor da fábrica, pedia à Câmara providências;
1876 – O proprietário da
Fábrica de Papel do Sobreirinho era João Delgado da Silva e foi deliberada a
reconstrução da Ponte sobre a ribeira da Póvoa, no sítio da Milheira, freguesia
dos Casais;
1877 – Os limites da freguesia
dos Casais eram Outeiro do Monte de Trigo, a Ribeira da Foz ou da Póvoa,
povoações próximas: Vale das Colmeias e Paredes.
1878 – Encontra-se mencionado pela 1ª vez o
RAMO DE ALÉM DA RIBEIRA ao ser pedido pelos habitantes da Póvoa que o caminho
do Prado ao Vale do Poço fosse reparado com o trabalho braçal desta zona. Ainda
neste ano a Freguesia dos Casais tinha 2390 habitantes, sendo unicamente
suplantada pela Serra com 3033 e por Tomar com 5191.
1882 – Ano em que foi
inaugurada a Fábrica de Papel de Porto de Cavaleiros (8 de Março).A Fábrica de
Papel do Sobreirinho bem como os seus moinhos de água foram vendidos por
António Santos Monteiro à Fábrica do Papel do Prado e Marianaia (25 de Abril).
Foi também deliberado criar uma escola mista no lugar do Carvalhal (onde foi criada?);
1883 – Foi novamente requerido
à Câmara que mandasse consertar a ponte sobre a ribeira da Póvoa, no sítio da
Milheira;
1884 – Sebastião Marques, da
Fervença, tinha uma roda de regar entre as Lapas e Porto de Cavaleiros e estava
a construir um canal de alvenaria, ao que parece para construir um moinho;
1885 – Diversos habitantes da
Enxofreira e Vale das Colmeias pediram à Câmara que procedesse às obras
necessárias no poço do Espargal (entre aqueles dois lugares) a fim de terem
água;
1886 – Foi pedida a construção
duma ponte sobre a ribeira da Póvoa, no sítio da Fervença, por ser ali um ponto
de muita passagem para a Igreja Matriz;
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Ponte da Fervença - 2005 |
1887 – A Junta de Formigais,
requereu à Câmara de Tomar que a chamada estrada de Tomar a Formigais (que
estava a ser feita pela outra banda do rio) seguisse de Tomar a Formigais
passando pelo Prado e pela Póvoa;
1888 – Foram aprovados pela
Câmara as obras nos caminhos da Póvoa e da Enxofreira à Igreja Matriz;
1889 – Foi deliberado fazer as
avenidas da Ponte sobre a Ribeira da Póvoa (Milheira?), um caminho no lugar da
Enxofreira e a fonte deste lugar (onde?). Também foi resolvido reconstruir o
caminho entre a Póvoa e a Ponte da Milheira, obra esta que foi arrematada;
1892 – Havia um açude de pedra
no Sobreirinho;
1898 – Foi reparada a Fonte da
Póvoa e foi aprovado o projeto para a construção da atual Ponte da Milheiriça,
na ribeira da Póvoa;
1901 – José da Graça, da
Enxofreira, era um dos dois lançadores da Côngrua na Freguesia de Casais (1902,
1903, 1904 e, também, nesta data, foram expropriados os terrenos de Joaquim
Gomes da Silva (do Pintado), necessários à construção da Ponte da Milheira;
1903 – Foi executada a 2ª
empreitada da Ponte da Milheira e aprovada a 3ª;
1904 – José Fernandes, da
Póvoa, era um dos cidadãos a presidir às eleições da Junta da Paróquia dos
Casais;
1908 – Um grupo de 23
habitantes da Póvoa pediu a reparação da antiga Ponte da Milheira;
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Ponte da Milheira - Agosto 2013 |
1909 – Um tremor de terra, fez
ruir algumas casas na Póvoa e povoados próximos;
1911 – Após a implantação da
República foram feitos arrolamento às seguintes capelas: São Lourenço e Nossa
Senhora Mãe dos Homens na Póvoa e Nossa Senhora das Lapas à beira do rio;
1913 – A Câmara resolveu
concluir a Ponte da Milheiriça em face do pedido das ofertas de habitantes
desta zona.
Foi criada uma escola
masculina na Póvoa;
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Antiga Escola Primária da Póvoa . Agosto 2013 |
1919 – A Comissão Municipal
considerou necessária uma Escola Feminina na Póvoa;
1920 – Foi mandado fazer o
estudo do ramal da estrada que liga o caminho à Ponte da Milheira. Aprovado
este, em face da oferta, por parte do povo, da terraplanagem e do terreno a
expropriar, foi a população autorizada a fazer a terraplanagem;
1921 – A pedido da Junta dos
Casais, foi o arrematante da Ponte da Milheira intimado pela Câmara a concluir
as obras;
1923 – A mesma Junta pediu à
Câmara que as calhas de ferro (vigas, tipo carril) da antiga Ponte da Milheira,
fossem cedidas para a Ponte do Sobreirinho, o que foi concedido;
1924 – A Junta dos Casais pediu à Câmara que
contribuísse com qualquer montante duma Ponte no Sobreirinho (sobre o rio
Nabão);
1925 - Foram mandadas completar as grades de
pedra da Ponte da Milheira. Foi publicada em ECOS de TOMAR, de 29/1, a Lenda de
Nossa Senhora da Lapa;
1958 – Foi construída a Escola
Primária do Fetal de Cima;
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Escola Primária e Jardim Escola de Fetal de Cima - Agosto 2013 |
1968 – Foi inaugurada em 29 de
Setembro a Igreja Paroquial de Além da Ribeira;
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Igreja Paroquial - Sagrado Coração de Jesus - Portela da Vila . Agosto 2013 |
1978 – Foi construída a Escola
Primária da Póvoa;
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Escola Primária da Póvoa - Agosto 2013 |
1981 – Iniciou atividade como
Jardim Escola a antiga Escola Primária Masculina da Póvoa;
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Há cerca de 30 anos em frente ao Jardim Escola da Póvoa - foto Turma do Rio (facebook) |
1985 – Foi criada a Freguesia
de Além da Ribeira;
A história da Freguesia de Além da Ribeira não pode ser descrita sem que se
fale na Freguesia de Casais pois até à data de 1985 existia apenas e só a
Freguesia de Casais. A desanexação ocorreu por Decreto-Lei
n.º 103/85 (PDF-1399 Kb). Fazendo parte da Freguesia de Além da Ribeira
(pelo mesmo Decreto-Lei) as povoações: Carvalhal, Casais Novos, Casas Velhas,
Enxofreira, Fetal de Baixo, Fetal de Cima, Fervença, Milheira, Póvoa, Sabrosa,
Vale das Colmeias, Vale do Poço, Vale Venteiro e Vales.
Com o 25 de Abril, a intervenção e participação das populações na solução
dos problemas que afligiam os lugares onde residiam proporcionou-lhes um
sentimento responsável e empenhado na vida colectiva, mas a esta nova realidade
ainda não correspondia uma divisão administrativa actualizada.
Era aspiração de várias gerações dos habitantes dos lugares, acima
mencionados, pertencentes anteriormente à Freguesia de Casais, Concelho de
Tomar, a criação de uma Freguesia com o nome de Além da Ribeira, pois desde
tempos muito antigos e ainda hoje, é esta a denominação corrente utilizada para
designar os limites abrangidos pelo conjunto de povoações acima enumeradas e
que pretendem ser incluídas na nova circunscrição.
O termo “Além da Ribeira” teve a sua origem, segundo os populares idosos, no
facto de, desde sempre, ter havido uma forte dissimilitude e uma separação
nítida entre esta zona e a parte restante da freguesia de Casais, as quais,
entre si, se consideravam fisicamente demarcadas pela Ribeira da Fervença e
montes limítrofes.
Com a criação da nova Freguesia é agora possível oficializar uma designação
que sempre serviu para individualizar toponimicamente a identidade própria
desta zona.
A fim de dar satisfação aos desejos dos habitantes da área de Além da
Ribeira, a sede ficou situada no lugar de Vale Venteiro, em edifício já
construído para o efeito, por localizar-se aqui, aproximadamente, o centro
geográfico da freguesia.
2013 – União das Freguesias de
Além da Ribeira e Pedreira;
[i][i]
As nomeações do respetivo Juiz e Escrivão só eram feitas confirmando eleições
anteriores efetuadas todos os anos.
Será que era numa destas casas que viviam os três casais?
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