quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Placas Comemorativas - Nossa Senhora da Conceição - Tomar

Câmara Municipal de Tomar (lado esquerdo)

Câmara Municipal de Tomar (lado direito)

Início da Avenida Cândido Madureira em frente ao edifício do Turismo.

Estaus Rua Torres Pinheiro, do lado esquerdo, a rua da Saboaria

A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV.
Deve-se ao rei D. João IV o facto de Nossa Senhora da Conceição ter sido proclamada Padroeira de Portugal, por proposta sua, durante as Cortes reunidas em Lisboa desde 28 de Dezembro de 1645 até 16 de Março de 1646, afirmando o soberano «que a Virgem Maria foi concebida sem pecado original» e comprometendo-se a doar em seu nome, em nome de seu filho e dos seus sucessores à Santa Casa da Conceição, em Vila Viçosa, «cinquenta cruzados de oiro em cada ano», como sinal de tributo e vassalagem, a dar continuidade à devoção de D. Afonso Henriques, que tomara a Senhora por advogada pessoal e de seus sucessores.
O ato da proclamação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, efetuado com a maior solenidade pelo monarca a 25 de Março desse ano (1646), alargou-se a todo o País, com o povo, à noite, a entoar cânticos de júbilo pelas ruas, para celebrar a Conceição imaculada da Virgem, ou, mais precisamente, a Maternidade Divina de Maria. Assim se tornou Nossa Senhora a verdadeira Soberana de Portugal, não voltando por isso, desde aí, nenhum dos nossos reis a ostentar a coroa, direito que passou a pertencer apenas à Excelsa Rainha, Mãe de Deus.
Em 1648 D. João IV manda cunhar moedas de ouro e de prata, tendo numa das faces a imagem da Imaculada Conceição com a legenda Tutelaris Regni – Padroeira do Reino. Em 1654 ordena que sejam postas em todas as portas e entradas das cidades, vilas e lugares do reino pedras lavradas com uma inscrição alusiva à Imaculada Conceição (lápides essas ainda hoje existentes em certos locais).

Fotografias: Nuno Ferreira - Novembro 2012

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Fornos de cal

No território da união de freguesias de Além da Ribeira e Pedreira conhecem-se 6 fornos de cal, todos eles em ruínas (talvez todos do Séc. XVIII?).

Pedra não faltava e por isso era um ótimo recurso para ser explorado. A transformação do calcário nos fornos era para a produção da cal, utilizada na pintura das habitações, cura da vinha (mistura de cal com sulfato de cobre), entre outras utilidades.

A minha avó Maria Emília foi uma das que carregou lenha para o forno de cal no Lameirão.

 

Os fornos estão junto a encostas, envolvidos pela terra (ajudava a manter a temperatura), altos, com uma altura aproximada de 3 metros…

 

A localização dos fornos na sua maioria estão ao lado de caminhos, contudo o porquê da sua localização ainda não é conhecida, se alguém souber?? Permitia a ligação a ??? Estratégia comercial?? Junto a afloramentos rochosos?

Utilização no fabrico do papel?

Temos registos nos Anais de Tomar sobre o preço da cal:

 “A 28 de Outubro de 1749, se deu licença a Manuel Gonçalves e José Nunes, do lugar da Pedreira, para vender cal num forno deste termo.

No dia 11 de Junho de 1751 o Senado da Câmara deu licença a José dos Santos, do lugar de S. Simão, para abrir um forno de cal, grande, e vender um moio dela a 550 réis, e a fanga a 60 réis.

A 22 de Agosto reuniu a Câmara Municipal, que deu licença a José Nunes, morador no lugar da Pedreira, freguesia de S. Miguel, para vender cada moio de cal a 550 réis, e a fanga a 60 réis, e no mais guardará a forma de postura. (Rosa, 1969)

Na Câmara de 8 de Agosto de 1789, taxaram assim os preços da cal:

Moio …….600 réis

Fanga …. 50 réis (Rosa, Anais do Município de Tomar 1771-1800, 1970)

Na Câmara de 8 de Agosto de 1789, taxaram assim os preços da cal:

Moio …….700 réis

Fanga …. 60 réis (Rosa, Anais do Município de Tomar 1771-1800, 1970)

 

Deixo aqui alguns apontamentos sobre a utilização da cal:

“1.6.   APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA DO PAPEL

No fabrico da pasta de papel a cal é utilizada para regenerar a soda cáustica. No fabrico de papel utiliza-se a cal para produzir o carbonato de cálcio precipitado (PPC), o consumo específico do carbonato é de 200 Kg/ton de papel, o que significa um consumo de cal correspondente a 112 Kg de cal viva / ton de papel.” http://www.microlime.pt/Aplica%C3%A7%C3%B5esdacal/tabid/244/Default.aspx

 

 

 

“A cal tem várias utilidades; tanto na agricultura para neutralizar os solos ácidos e melhorar as propriedades físicas do solo; como na construção civil, nomeadamente na pintura das casas e para elaboração de argamassas usadas na construção de muros e paredes; na criação de frangos, na proteção contra parasitas; entre outros.”

https://www.geocaching.com/geocache/GC5FE72_antigo-forno-da-cal


Forno de Cal - Lameirão - Dez 2020

Forno de Cal - Carqueijal - Out 2014

Forno de Cal - Entre a Fábrica de Porto de Cavaleiros e S. Simão - Jun 2017

Forno de Cal - Porto Compadre - Out 2014

terça-feira, 19 de abril de 2016

Fonte do Curto - 1958

As diferenças ...
Agosto 2013

Dezembro 2014
Novembro15

Capela da Santa Maria do Mildeu - a que faltava ....

Capela da Santa Maria do Mildeu

Coordenadas: N 39˚40.611’ W 008˚23.253’
Localização/Descrição: entre o Curto e Calvinos

Em 1801 é referenciado Santa Maria do Mildeu como templo da freguesia de Casais."Sta Mª do Mildeu, perto dos Calvinos" (Amorim Rosa-História de Tomar)

Nov15 - Uma das paredes

Nov 15 - Vista geral do local da Capela (vegetação densa)