O património arqueológico integra depósitos estratificados, estruturas, construções, agrupamentos arquitetónicos, sítios valorizados, bens móveis e monumentos de outra natureza, bem como o respetivo contexto, quer estejam localizados em meio rural ou urbano, no solo, subsolo ou em meio submerso, no mar territorial ou na plataforma continental.
O património arqueológico é património nacional, uma vez que constituem testemunhos com valor de civilização ou de cultura, portadores de interesse cultural relevante e refletem valores de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade, ou exemplaridade, competindo ao Estado proceder ao seu arquivo, conservação, gestão, valorização e divulgação.
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/patrimonio-arqueologico/
"Há muito já que as cavernas deixaram de ser somente a fonte de superstições e de terrores que a imaginação popular povoa de mistérios e de perigos para serem também um curiosíssimo objeto de estudo que interessa ao cientista de vários ramos da História Natural: ao geólogo, a quem preocupa o problema do seu modo de formação e evolução; ao hidrólogo, para qual a sua exploração direta ou indireta é uma parte indispensável do estudo da circulação e regime das águas nos terrenos calcários; ao paleontólogo e ao pré-historiador, que nelas encontram conservados os restos ou vestígios de espécies e raças hoje extintas, de indústrias e artes desaparecidas; ao mineralogista fornecem as cavernas espécimenes de curiosos e raros minerais e oferecem o laboratório em que continuam a formar-se; ao meteorologista e ao físico do Globo prestam preciosas observações; o biólogo, e sobretudo o zoólogo, vão lá achar formas especialíssimas pelas suas adaptações ou pelos carateres arcaicos, verdadeiros fósseis vivos, reveladores de antigas faunas há muito banidas da superfície e contemporâneas de condições climáticas bem diferentes das atuais."(1)
Segue uma apresentação de algum do património arqueológico existente na União de Freguesias de Além da Ribeira e Pedreira, a descrição é fundamentada através da Revisão do Plano Diretor Municipal de Tomar - Arqueologia 2016, as fotografias existentes foram tiradas pelo Nuno Ferreira, as coordenadas usadas são WGS84, o património arqueológico que não tem fotografia, é porque ainda não lá fui. O Sr. Hilário Guia tem sido uma ótima fonte de informação e crítica e por esse motivo leva-me a ser cada mais rigorosa no que apresento.
Buraca ou Gruta das Andorinhas
Fissura da Azenha Velha
Gruta do Cadaval
Caracterização: Gruta com ocupação pré-histórica, apresenta forma de saco com larga entrada, e é constituída essencialmente por duas salas dispostas em escada e separadas suplementarmente por um muro construído por pastores, para defesa dos seus rebanhos. Foi escavada de 1983 a 1988 sob a direção dos arqueólogos Ana Rosa Cruz e Luiz Oosterbeek. 1983 - Foram escavadas seis camadas denominadas de A a F. A camada A é uma ocupação bastante recente, com alguns materiais romanos; a camada B revelou um conjunto estruturado de grandes blocos de calcário e cascalheira, formando uma pequena cavidade de 20/30 cm2 preenchida por cinzas, carvões, argila cozida, calhaus fraturados pelo fogo e escória de ferro, não anterior à Idade do Bronze - esta camada pode ser subdividida em duas: a camada C revelou um complexo sepulcral, associando ossos humanos a cerâmica de tipo campaniforme (Calcolítico Final); as camadas D e E são atribuíveis respetivamente ao Neolítico Final e Médio. Clarificação da sequência estratigráfica diferenciada observada nas sondagens independentes das salas 1 e 2: assim, foi escavada a camada F, que revelou a existência de urna camada plistocénica. Confirmação da existência de três horizontes culturais diferenciados. A camada B encerra uma estrutura de combustão e corresponde a uma ocupação temporária da gruta durante o Bronze Final/Ferro; a camada C é um contexto sepulcral coletivo do Calcolítico pré campaniforme; a camada D é um contexto sepulcral de sepulturas individuais integráveis do Neolítico Médio ao Calcolítico Inicial. 1987 - A escavação revelou a existência de urna camada conservada entre o remeximento (camada A) e a Idade do Bronze (camada B), que foi designada A3. Nesta camada surgiram moedas romanas permitindo datar as cerâmicas de roda encontradas neste estrato. A camada C do Cadaval (Calcolítico Final) revelou a tumulação coletiva de cerca de 10 indivíduos. A recolha de cerca de 4 000 fragmentos de cerâmica permitiu reconstituir 91 vasos. As cerâmicas da camada B podem ser integradas globalmente no Bronze Final ou na transição para a Idade do Ferro, segundo Paulo Félix. Este último momento é sugerido pelo vaso de "perfil em S" ainda de fabrico manual, e pela presença de escória de ferro na estrutura de combustão (identificadas em 1993 por Craig Merideth), tornando este contexto, paralelamente à gruta da Avecasta, da máxima importância para a caracterização e compreensão da transição Bronze/Ferro nesta região.
Cronologia: Neolítico Médio, Calcolítico, Bronze Final e Ferro e Tardo-Romano.
Fonte: Revisão do Plano Diretor Municipal de Tomar – Arqueologia 2016
Gruta do Caldeirão
Caraterização: A Gruta da Raposa ou do Texugo, hoje conhecida por Gruta do Caldeirão é uma exsurgência fóssil, prolongamento final da galeria em meandro conhecida por Algar do Caldeirão. Trata-se de uma estreita galeria, também meandriforme, constituída por 4 segmentos principais, de tamanho desigual e constituídos sobre duas redes de diaclases perpendiculares, de orientação aproximada norte/sul e este/oeste. Quase colmatada até ao topo (no início dos trabalhos tinha cerca de 1 m de altura), apresenta um desenvolvimento total de 19 m e cerca de 7 m de altura no fundo da gruta. Foi objeto de escavações arqueológicas, de 1979 a 1988, orientadas pelo arqueólogo João Zilhão. De uma enorme importância para o conhecimento do Paleolítico Superior Português (Solutrense) e Neolítico Antigo, bem como das alterações climáticas verificadas durante o Würm. O Solutrense divide-se em 6 camadas (Eb, Fa, Fb, Fc, H e I), cronologicamente situados à volta de 22 000 B.P. O clima alternaria entre períodos frios e períodos húmidos, cujo reflexo se pode observar nas camadas arqueológicas: assim, as camadas Fb e Eb estariam sob a influência de um clima mais moderado e são as únicas que contêm restos de javali (e no caso da Eb, também de corço e castor) e não contêm restos de cabra-montês; nas camadas H e Fa, sob influência de clima mais rigoroso aparece a cabra-montês e não as outras espécies de clima moderado. Na ocupação da gruta, no longo período de tempo compreendido entre o princípio e o fim do Solutrense, parecem ter-se verificado diferentes estratégias de caça: tendência para a especialização da caça ao veado e o aumento crescente de restos de coelhos nos depósitos das camadas Fa e Eb. Gruta com possível ocupação pré-solutrense, mas do Paleolítico Superior. A gruta foi ocupada a partir Paleolítico Médio, de forma episódica, tendo a gruta funcionado essencialmente como habitat de grandes carnívoros, especialmente a hiena. Durante o Paleolítico Superior foi utilizada como abrigo temporário de pequenos grupos de caçadores que caçavam o veado, a cabra-montês, o cavalo, o auroque, a camurça e o coelho. No Neolítico foi utilizada como necrópole: no Neolítico Antigo (5500 a 4500 a.C.) foram aí depositados os corpos de 16 indivíduos, acompanhados de cerâmica decorada, objectos de adorno e utensílios de pedra. A escavação da gruta permitiu obter elementos significativos para a definição dos diferentes climas durante o Würm na Estremadura, ajustáveis à crono[1]estratigrafia do Würm recente estabelecida na Região Cantábrica e no Sudoeste de França. As camadas do Neolítico revelaram a existência de animais domesticados (ovicaprídeos e bovídeos).
Cronologia: Paleolítico Médio, Paleolítico Superior, Neolítico,
Calcolítico, Idade do Bronze e Ferro, Romano, Visigótico, Medieval e Época
Moderna.
Revisão do Plano Diretor
Municipal de Tomar – Património Arquitetónico 2016
Gruta do Morgado
Gruta dos Morcegos
Cronologia:
Paleolítico e Neolítico
Cronologia:
Paleolítico e Neolítico
Gruta/Lapa dos Ossos
Trata-se de uma necrópole do 3º milénio a.C., escavada entre
1986 e 1989, sob a direção dos arqueólogos Luiz Oosterbeek e Ana Rosa Cruz.
Esta necrópole permitiu a reconstituição de um complexo ritual funerário: após
a inumação no fundo da gruta, os ossos foram levantados e redepositados à
entrada, em ossuário, acompanhados por diversos materiais cerâmicos e
osteológicos. Corresponde ao início das tumulações coletivas, que conhecerão o
seu maior desenvolvimento no Calcolítico. 1986 - Foram escavadas três camadas,
correspondendo a camada 1 ao ossário neolítico apresentando a arrumação de 7
crânios no sector SW. 1987 - O ossário do Neolítico Final/Calcolítico Inicial
estende-se numa área de 6/7 m2. Reconheceu-se a existência de 14 indivíduos.
1988 - Foram aprofundadas algumas zonas, clarificada a estratigrafia e o ritual
de inumação. No final dos trabalhos a cavidade foi protegida com uma parede de
tijolo e porta gradeada, colocada pela Câmara Municipal de Tomar.
Cronologia:
Neolítico Final
Gruta da Nossa Senhora das Lapas
Cronologia: Neolítico Antigo e Calcolítico
Revisão do Plano Diretor Municipal de Tomar – Arqueologia
2016
Gruta da Pedreira do Sobral
CoordenadasWGS84: N 39.662909, W -8.435503
Localização: Na estrada Tomar-Agroal, corta-se para o Sobral. Aí chegados, segue-se a estrada de terra batida ao longo do Vale Freixo e do ribeiro, até chegar à pedreira do Sobral.
Caraterização: Trata-se de uma pequena gruta arredondada, quase no topo da pedreira, cujo fundo foi rompido pela exploração de pedra calcária. A entrada encontra-se entulhada e está virada a norte.
Gruta da Penha da Moura
CoordenadasWGS84: N 39.65822, W -8.40974
Localização: Situa-se na encosta da margem esquerda do Nabão, no caminho direção Sobreirinho - Lapas, a segunda fotografia mostra por onde subimos.
Caraterização: Cavidade na área dos canteirões do Nabão. Gruta utilizada
como necrópole no Neolítico, onde se detetou a deposição de ossadas humanas e
material lítico.
Gruta/Lapa do Vale do Freixo II
Coordenadas WGS84: N 39.662865, W -8.431716
Localização: Na estrada Tomar-Agroal, corta-se para o Sobral. Aí
chegados, segue-se a estrada de terra batida ao longo do Vale Freixo e do
ribeiro, até chegar à pedreira do Sobral. A gruta situa-se um pouco mais à
frente, quase junto ao Nabão, do lado direito, a meio da ravina, quase em
frente da do Freixo I.
Caraterização: Trata-se de um conjunto de exsurgências fósseis, com
provável ocupação humana.
Cronologia: Neolítico
Povoado da Fonte Quente
Caracterização: Camarate França localiza neste terraço fluvial, em 1946, uma estação paleolítica de superfície, onde Mêndia de Castro encontrou, entre o depósito de água e a Carreira de Tiro, vários instrumentos líticos de quartzito, classificados por Zbyszewski, como sendo do Paleolítico Inferior e do Mesolítico. O mesmo investigador refere um tholos naquele local e Oosterbeek sugere que o monumento nunca existiu, sendo de facto um povoado. Realização de sondagens numa formação quaternária incluída no complexo de terraços fósseis do Nabão, por João Zilhão, em 1982. O interesse das mesmas decorre do aparecimento de material paleolítico no talude da estrada, num nível com vestígios de fauna. O local do depósito de água foi alvo de escavações arqueológicas. Foi escavado nos anos 1988 e 1989. Povoado do Calcolítico Final, com muralha pouco significativa. A primeira notícia deste local refere o aparecimento de um machado de cobre numa fenda de uma rocha, junto à Fonte Quente, quando se construía a estrada do Prado. Camarate França indica aqui a existência de uma necrópole megalítica. Mendes Correia (1950) refere tratar-se de uma estação neolítica. O jornal "Diário da Manhã", de 23--5-1946, refere tratar-se de um castro neolítico onde se fizeram vários achados. Mêndia de Castro não achou vestígios da referida necrópole megalítica, mas encontrou vestígios do povoado. Este tinha cerca de 10 hectares de superfície. A sondagem efetuada junto à muralha de pedra seca, com cerca de 2,5 m de largura, revelou cerca de 10 vasos de cerâmica campaniforme. Outra sondagem, na vertente sul, revelou a existência de cabanas circulares e algum espólio associado. O povoado terá tido apenas uma época de ocupação, em inícios do 2° milénio. Povoado de estrutura semi-circular, possível derrube de bastião (e local provável de escavação por Camarate França), de uma provável terceira muralha a SW e de diversas estruturas circulares. O sítio está relacionado com o povoado da Fonte Quente II (CNS34491) e com o povoado da Arrascada (CNS17515). Em 1993 e 1995, Luiz Oosterbeeek e Ana Rosa Cruz efetuaram a escavação, para o IPPAR, de uma camada negra com artefactos líticos e fragmentos ósseos, entre duas cascalheiras estéreis, na barreira da estrada, na base do povoado, que poderá corresponder a uma ocupação posterior à do povoado campaniforme da Fonte Quente. Em 2004, foram efetuadas sondagens e escavações arqueológicas (2004, 2005), perto do depósito de S. João, integrado no Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água da Raia, Zêzere e Nabão, por José António Ferreira Pereira, Rosa Maria Salvador Mateos e Sérgio Alexandre da Rocha Gomes. Em 2006, Nélson Borges efetuou uma sondagem de uma pedreira, no âmbito do acompanhamento arqueológico da construção do IC9 - Nó de Carregueiros / Tomar. A sondagem arqueológica revelou a presença de extração de pedra, de cronologia Medieval/Moderna, com a rocha talhada em bancadas, por diversas técnicas extrativas, de uma forma intensiva, e muito entulhada por restos de talhe, o que pode indiciar uma antiguidade talvez maior para essa atividade. A técnica mais utilizada consiste no talhe da rocha em blocos retangulares, cortados lateralmente e destacados por baixo. 2006-2007 - O povoado da Fonte Quente foi intervencionado preventivamente no âmbito da construção do IC 9 - Nó de Carregueiros/Tomar IC 3. Os trabalhos de sondagem e de escavação arqueológica, numa área total de 1490 m², permitiram identificar várias estruturas deste povoado, nomeadamente, algumas cabanas, lareiras, vários empedrados e três muralhas, paralelas com alinhamento norte-sul e contornos semicirculares. A área melhor preservada, em termos estruturais, verifica-se num vale, entre dois cabeços mais destacados, com um recobrimento de sedimentos em alguns locais superior a um metro. Os estilos de construção são diferentes, quer na espessura, alinhamento de faces, ou robustez, o que implica que a sua edificação não será contemporânea. O espaço compreendido entre muralhas revela a presença de estruturas muito toscas, mal definidas, construídas com recurso a matérias-primas diferentes, como seixos de quartzito, ou pequenos blocos de calcário, constituindo alinhamentos ou pequenos empedrados, podendo corresponder a embasamentos de lareiras ou outras estruturas funcionais. Por estarem inseridas num estrato inferior àquele em que se inserem as muralhas, e algumas das estruturas se encontrarem imediatamente acima das argilas, é de crer que se trate de um momento anterior, de resquícios de uma primeira fase de ocupação do local. A escavação permitiu confirmar algumas realidades suspeitadas no decorrer da execução das sondagens arqueológicas. Em primeiro lugar, o facto de estamos na presença de um importante povoado pré-histórico, com uma extensão muito grande, e com uma ocupação muito intensiva e com importância suprarregional. Em segundo lugar, a existência clara de diferentes momentos de construção de estruturas, o que não implica diretamente uma ocupação com hiatos, mas sim uma reformulação arquitetónica de algumas das estruturas, o que denuncia uma abrangência cronológica muito lata para esta comunidade, a qual pode corresponder a mais de dois milénios de ocupação. O maior problema em definir a época de construção das estruturas existentes reside exatamente nesse fator. Com efeito, o facto de haver várias reformulações no espaço, ao longo da ocupação do povoado, patenteia uma contínua ocupação do espaço, embora com significados diferentes para as comunidades que o habitaram. As estruturas detetadas integram a panóplia habitual de um povoado calcolítico, compondo-se por cabanas, lareiras, empedrados vários, alinhamentos, estruturas funcionais, torreões, muralhas, etc. Com efeito, verificou-se a presença de três linhas de muralha, paralelas, com alinhamento norte-sul, com contornos semicirculares. Os estilos de construção são diferentes, quer na espessura, alinhamento de faces, ou robustez, o que implica que a sua edificação não será contemporânea. O espaço compreendido entre muralhas revela a presença de estruturas muito toscas, mal definidas construídas com recurso a matérias-primas diferentes, como seixos de quartzito, ou pequenos blocos de calcário, constituindo alinhamentos ou pequenos empedrados, podendo corresponder a embasamentos de lareiras ou outras estruturas funcionais.
Cronologia: Paleolítico Inferior, Médio e Superior, Neolítico Calcolítico Final / Bronze Inicial, Época Romana e Visigótica, Idade Média, Época Moderna.
Sepulturas escavadas na rocha - Carvalhal I
Coordenadas WGS84: N 39.674220,W -8.393670; N 39.675289, W -8.394241
Localização: Na estrada Carvalhal -Vale Venteiro, corta-se à esquerda, logo à saída do Carvalhal, por um carreiro vai dar às sepulturas. Estas situam-se a cerca de 300m do cruzamento.
Caraterização: No topo do outeiro encontram-se espalhados muitos imbrices rudes, associados a duas sepulturas escavadas na rocha. Ambas têm forma retangular, mas uma não foi concluída. A primeira tem as seguintes dimensões:192*54*41 cm e a cabaceira está orientada a oeste, a inacabada tem 194*61*19 cm, igualmente orientada nesse sentido.
Cronologia: Época Visigótica. Revisão do Plano Diretor Municipal de Tomar – Património Arquitetónico 2016
Carvalhal II
Coordenadas WGS84: N 39.663015, W -8.393196
Localização: Quando se vai do Vale Venteiro para o Carvalhal, ao chegar dentro desta povoação, continua-se em frente por uma estrada de terra em direção à antiga capela do Carvalhal, hoje destruída. A estação situa-se no monte sobranceiro à povoação, do lado esquerdo.
Caraterização: No
topo deste outeiro acham-se muitos imbrices toscos espalhados em terrenos cultivados existentes no meio dos
afloramentos calcários e em montes de despejo. Na encosta existe uma sepultura,
conforme nos informaram no local, mas deve estar coberta de pedras, pois não a
conseguimos localizar. Segundo
a tradição oral, terá existido neste local uma antiga Igreja, supostamente
dedicada a São Silvestre, da qual restam somente derrubes de pedras, que
poderão ter feito, parte da mesma. São visíveis algumas pedras aparelhadas,
existindo numa delas com decoração em relevo, que está à guarda do proprietário
do terreno.
Cronologia: Época Visigótica e Idade Média.
Carvalhal III
Coordenadas WGS84: N 39.681655, W-8.393860
Localização: Pela rua do cabeço, dentro do Carvalhal.
Caraterização: No topo do cabeço (lado norte)
encontram-se imbrices grosseiros. Do lado sul, refere a população de que
existe um cemitério, onde em criança, jogavam à bola com os crânios
encontrados.
Sepulturas escavadas na rocha - Póvoa
Coordenadas WGS84: N 39.65570, W -8.40183
Localização: O acesso faz-se pela estrada do Cairrão. Assim, nesta estrada,
corta-se por caminho de carro, à direita, a seguir à última vivenda e depois
por carreiro à direita.
Caraterização: As sepulturas
situam-se num cabeço dominando a ribeira da Milheira. Trata-se de duas
sepulturas escavadas na rocha, situadas em linha e orientadas com a cabeceira a
oeste. Uma tem as dimensões de 190 x 54 x 47 cm e a outra 182 x 50 x 57 cm.
Pia dos moribundos
Coordenadas WGS84: N 39.65570, W -8.40183
Localização: Seguindo
a estrada Pedreira-Cadaval, quase ao chegar à povoação, corta-se por um caminho
carreteiro que vai dar à Fonte das Romãs, no rio Nabão. A sepultura situa-se do
lado esquerdo do caminho, na extrema de um eucaliptal.
Caraterização: Trata-se de
uma sepultura retangular, com apoio para a cabeça, escavada numa rocha calcária
de pequenas dimensões. Encontra-se a meio da encosta, orientada a Sul. No cimo
do monte encontram-se telhas grossas curvas de um possível casal. Apresenta as
seguintes dimensões: comprimento - 177cm; largura da cabeceira - 34cm;
comprimento da cabeceira - 22 cm; largura a meio - 44 cm; largura do ombro - 45
cm; largura dos pés - 30 cm; altura - 30 cm.
Poça da moira
Coordenadas WGS84: N 39.676809, W -8.394067
Localização: Na
estrada Carvalhal -ValeVenteiro, junto à cortada para a estação do Carvalhal I,
no quintal da casa do Sr. Manuel Alves.
Caraterização: Trata-se de uma sepultura em
calcário de forma retangular com rebordo. Uma das extremidades encontra-se
fraturada. Aproveita o afloramento. A sepultura tem uma orientação N/S. As
suas dimensões são: 192 x 50 x 8 cm. O rebordo tem uma largura de 28 cm.
Segundo informação, durante a construção da moradia foram destruídas cerca de
outras 4 com tipologias diferentes.
Sepultura escavada na rocha - Quinta da Granja
Coordenadas WGS84: N 39.624700, W -8.408260
Localização: Na estrada Tomar – Prado, a seguir ao Açude de Pedra,
corta-se à esquerda por caminho rural que passa sob o IC 8.
Caraterização: Trata-se de uma possível sepultura, de inumação, com as
lajes de cobertura in situ, provavelmente aberta na rocha. Estará relacionada
quer com o sítio visigótico Quinta da Granja III, do qual dista 300 m, quer com
Quinta da Granja IV, situado também nas imediações, a cerca de 100 m.
(1)O INSTITUTO. Coimbra, 1852
O Instituto : jornal scientifico e litterario. - Vol. 1 (1852/53) - vol. 140/141 (1981). - Coimbra : Imprensa da Universidade, 1853-1981. - 22 cm
Bom dia . sou de Tomar e nao tinha conhecimento disto. Que excelente artigo. Vou visitar. So uma questao sabe dizer-me se é possivel fazer o trajecto entre elas a pé? Obrigada
ResponderEliminarOlá Peço desculpa, pois só agora reparei no seu e outros comentários, sim todo este património tem acesso a pé, tem alguma distância entre eles mas tudo é possível, eu faço referência a coordenadas obtidas através do Garmin..pela Geocaching também consegue ir a alguns "monumentos"..Obrigada e boa visita (que se calhar já fez)
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