sábado, 20 de fevereiro de 2021

Coletividades Além da Ribeira e Pedreira

A Freguesia é composta atualmente por seis coletividades que de uma forma geral proporcionam à população da freguesia e outros, espaços de convívio e inclusive de formação (no caso na Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira), segue uma breve descrição bem como os seus contactos.

1 - Associação Cultural e Recreativa da Póvoa;

2 - Associação Recreativa e Cultural de Além da Ribeira;

3 - Centro Cultural e Recreativo de São Simão;

4 - Grupo Desportivo e Recreativo da Marcol

5 - Rancho Folclórico "Os Canteiros" da Pedreira;

6 - Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira

1 - Associação Cultural e Recreativa da Póvoa


Rua de São Lourenço

2305-020 Póvoa - Tomar

Constituída em 21-02-1985

Telefone: 249 302 439

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=262605670904321&set=pb.100014646702128.-2207520000..&type=3



2 - Associação Recreativa e Cultural e Recreativa de Além da Ribeira

Rua Dr Silvino Sequeira

2305-024 Vale Venteiro - Tomar

Constituída em 13-05-1981

Telefone: 

arcaribeira@hotmail.pt

https://www.facebook.com/AssociacaoAlemdaRibeira/photos/a.1022467811116102/2785826168113582

Tinha um Grupo de Danças e Cantares de Além da Ribeira, que dedicava-se à recolha da etnografia mais pura da região.

Escreveu uma marcha para a freguesia:

“Além da Ribeira / És de todas a mais bela / Não há canseira / Nesta nossa linda terra. / Nos teus outeiros / O gado pasta / Por entre as pedras / Erva acha. / Tua capela / Nas Lapas fica / A Nossa Senhora / O rio salpica. / Ó velha ponte / Romana és / O verde vale / Curva a teus pés. / O nosso povo
Passa a cantar / Com muito amor / Te quer saudar. / Cantemos todos / Com alegria / Saudemos juntos
A nossa Freguesia.” 


http://www.distritosdeportugal.com/site_alemdaribeira/index.htm


3 - Centro Recreativo e Cultural de S. Simão




Rua da Capela nº18

2305-558 São Simão - Tomar

Constituída em 20-03-1977

Telefone: 

Coletividade de lazer, cultura e desporto

Atividades:

Como atividades por si desenvolvidas o C.R.C.S.S. apresenta no seu currículo teatro, futebol de salão, ténis de mesa, chinquilho (neste momento única no ativo) e ainda, anualmente uma festa de Verão.
Como grande projeto a curto e médio prazo o C.R.C.S.S. tem um complexo constituído por um poli desportivo descoberto, um edifício de apoio a festas e a nova sede.

4 - Grupo Desportivo e Recreativo da Marcol




Lugar da Serradinha

Casal da Azinheira - Pedreira - Tomar

Constituída em 01-04-1987

Telefone e Fax: 249 999 999

Coletividade de lazer, cultura e desporto

Coordenadas GPS: 39.623931, -8.419451

clubetiromarcol@gmail.com


O Clube de Tiro da Marcol foi fundado em 01 de Abril de 1987

O clube foi criado inserido no Grupo Desportivo da Marcol, para incentivar o tiro ao prato e promover o desenvolvimento da honestidade, sã camaradagem, auto-disciplina, responsabilidade pessoal e espírito de equipe. 

O Campo de Tiro encontra-se devidamente legalizado pelas novas regras a que todos os campos de Tiro Desportivo estão obrigados, sendo o único Campo de Tiro desportivo do distrito de Santarém, que se encontra devidamente legalizado e inscrito na Federação Portuguesa de Tiro com Armas de Caça (FPTAC). 

Está aberto ao público todos os Sábados, Domingos e Feriados, a partir das 15 H. Os membros do clube têm acesso total às instalações.

Os visitantes podem utilizar as instalações e são bem-vindos se quiserem experimentar a atividade de tiro ao prato, desde que cumpram as regras de segurança.

O Clube não aluga armas nem vende cartuchos.

As atividades anuais do clube incluem a organização de várias provas regionais de Trap, participação nas provas nacionais, bem como um piquenique dos membros do clube e outros eventos organizados ad-hoc.


5 - Rancho Folclórico "Os Canteiros" da Pedreira


Rua Dr. Brito Guimarães nº 21A
2300-554 Pedreira Tomar
Constituído em 19-08-1976
Telefone: 919 696 284
rfpedreira@sapo.pt

Objetivo: Associação para a divulgação das tradições, danças, gastronomia, trajar do período 1890 a 1930

https://rancho-folclorico-os-canteiros-da-pedreira.negocio.site/
https://www.facebook.com/Rancho-Folcl%C3%B3rico-da-Pedreira-471478343028428/about/?ref=page_internal

HISTORIAL

O Rancho Folclórico “Os Canteiros” da  Pedreira, foi fundado a 19 de Agosto de 1976 e vinculou-se à Federação de Folclore Português em 29 de Agosto de 1982.
Pessoa Coletiva de Utilidade Pública desde Fevereiro de 2001, ano em que comemorou 25 anos de dedicação ao folclore.
Representa a cultura do Ribatejo-Norte com influências da Beira Baixa e do Alto-Alentejo, incidindo naturalmente na freguesia da Pedreira, concelho de Tomar, rico em beleza natural e histórica. 
O nome de “Os Canteiros”, surgiu quando o grupo se apercebeu de todo o trabalho desenvolvido pelos homens da Pedreira, mestres da pedra, que executaram a maioria das cantarias dos monumentos da zona histórica de Tomar, escrevendo assim, o seu nome na história dos Templários.
Este rancho que se iniciou como grupo infantil, mantém-no até hoje como escola de folclore, onde se dão as primeiras noções etnográficas, bem como, a aprendizagem de música, instrumentos musicais, danças e cantares.
Os componentes nas suas atuações apresentam trajes de trabalho, domingueiro e de feira.
A tocata é composta por acordeão, reco-reco, castanholas de cana, viola, ferrinhos e cântaro, cantadores e cantadeiras.
As danças, cantares, trajes e tradições, que o grupo apresenta, reportam à época que medeia entre 1880 e a década de 30 do século XX.
Do seu vasto reportório de participações em festivais e romarias, constam atuações em todo o País, bem como algumas no estrangeiro, nomeadamente em França, Espanha, Polónia e República Checa.

6 - Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira


Rua Aparício Cardoso, nº183
2305-554 Pedreira - Tomar
Telefone: 249 322 463
Constituída em 03-02-1940
geral@srmp.pt
http://www.srmp.pt/

https://www.facebook.com/srmp1940/photos/pcb.240967340919458/240967187586140

Historial

A Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira foi fundada em 3 de Fevereiro de 1940, dedicando-se desde logo ao ensino e divulgação da música.

Sendo uma Coletividade de aldeia, onde os acessos à cultura eram diminutos, esta Sociedade tem sido desde a sua formação o principal polo de formação artística, desportiva e recreativa dos seus associados em particular, e de toda a população em geral.

Inicialmente foi formada uma Tuna, com instrumentos de corda, que aos poucos se foi tornando numa Banda, que ainda se mantém com enorme prestígio. É sustentada por uma Escola de Música, frequentada por quase todas as crianças da Pedreira e terras vizinhas, formando músicos de grande qualidade, como são os que ao longo de todos estes anos têm representado a Banda nas suas diversificadas atuações, como sejam Procissões, Concertos, Festas Inaugurações, Festivais, Encontro de Bandas, etc., destacando-se as atuações em Castelo de Vide, Marvão, Lisboa, Abrantes e em Vigo – Espanha, e ainda os excelentes concertos realizados em Tomar comemorando o Bicentenário do RI 15 a as Jornadas Europeias do Património.

Sendo a S.R.M.P. uma coletividade com um enorme dinamismo, em 1976, no seu seio, foi formado um Rancho Folclórico, que aí se manteve até 1990, altura em que adquiriu autonomia própria, mantendo-se ainda em atividade na nossa terra.

Em 1993, numa iniciativa de um grupo de sócios, foi formado um Coro que de então para cá se tem afirmado não só no nosso concelho mas por todo o país e até no estrangeiro, destacando-se as suas atuações em França, Espanha, Madeira, teatro Maria Matos em Lisboa, Valadares, Cartaxo, Lisboa, Santarém etc. Em Junho de 2006, concorreu ao Festival Festimúsica do INATEL, tendo vencido a eliminatória distrital, realizada em Almeirim, obtendo o 5º lugar na final nacional realizada na Aula Magna em Lisboa. O seu repertório é variado mas assenta fundamentalmente na música de cariz popular, com arranjos de grandes músicos, nomeadamente Fernando Lopes Graça. O Coro tem também atuado em conjunto com Bandas Filarmónicas e participado em celebrações litúrgicas, quando solicitado.

No plano desportivo a S.R.M.P. tem tido um papel fundamental, tendo conquistado imensos troféus em várias modalidades, como sejam. Futebol de 11, Futebol de 7, Futebol de Salão, Atletismo, Ginástica, Voleibol de Praia, Ténis de Mesa, etc. De todas estas destacamos o Futebol de Salão pela tradição e pela qualidade dos seus atletas, e também o Futebol de 11 que durante alguns anos participou nos Distritais e no Campeonato do INATEL. A S.R.M.P. organiza regularmente Caminhadas e Passeios Pedestres, sempre com grande êxito, e o seu Grupo de Caminheiros tem representado a Coletividade em diversos eventos organizados por outras entidades, quer no concelho quer em outros locais do país.

  • Em 1997, por despacho do Sr. Primeiro-ministro, esta Associação foi reconhecida como Entidade Coletiva de Utilidade Pública;
  • Em 1993 a S.R.M.P. fez-se sócia da Confederação das Coletividades de Cultura e Recreio;
  • Em 2000 foi inscrito no INATEL como Centro de Cultura e Desporto;
  • Em 2003 tornou-se sócio fundador da Federação Nacional do Movimento Coral;
  • A SRMP está atualmente num processo de registo e constituição como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).
A Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira possui instalações próprias, nomeadamente o Edifício da Sede e o Campo de Jogos, no qual se inclui um polidesportivo para prática de diversas modalidades.


Banda

A Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira foi fundada em 3 de Fevereiro de 1940 e desde logo se dedicou ao ensino e divulgação da música. Começou com a formação duma Tuna que aos poucos se foi transformando numa Banda que se mantém até hoje. Apesar de no seio da Coletividade se desenvolverem muitas atividades, a Banda é sem dúvida o seu principal baluarte.

Ao longo da sua existência, tem participado em inúmeros eventos, como sejam Procissões, Concertos, Festas, Inaugurações, Festivais, Encontros de Bandas, etc. Destes destacam-se os realizados em Castelo de Vide, Marvão e Abrantes, bem como a participação numa Mostra Gastronómica que teve lugar no Jardim Zoológico em Lisboa e também a atuação numa Feira Internacional de Artesanato realizada na F.I.L. em Lisboa.

Em Agosto de 2003 participou num Encontro de Bandas em Vigo – Espanha, tendo atuação de grande agrado de todos os presentes.

Atualmente é composta por 35 músicos e dirigida pelo Maestro João Antunes.


Coro

O Coro da Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira surgiu no seio da Coletividade, fruto da vontade dos seus elementos, tendo feito a sua primeira apresentação pública em 19 de Dezembro de 1993.

Ao longo da sua existência tem participado nos mais diversos eventos, destacando-se a sua deslocação a França, em 2000, à Madeira em 2001 e à Galiza em 2002. A nível interno tem atuado em vários locais, como sejam: Lisboa, Valadares, Santarém, Abrantes, Constância, Alpiarça, Pombal, etc., mas a sua maior atividade desenvolve-se no concelho de Tomar, quer organizando Encontros e concertos, quer participando em realizações da Autarquia e de outras Associações.

Em 2006 participou no concurso Festimúsica promovido pelo INATEL, tendo ganho a eliminatória distrital e obtido o 5º lugar na Final Nacional realizada na Aula Magna em Lisboa.

O seu repertório é variado mas assenta fundamentalmente na música de cariz popular, com arranjos de grandes músicos, nomeadamente Fernando Lopes Graça, também ele um Tomarense.

Numa outra vertente, o Coro da S.R.M.P. tem atuado diversas vezes em conjunto com Bandas Filarmónicas, como sejam a da S.R.M.P., Nabantina, Gualdim Pais, Rossio ao Sul do Tejo, Cartaxo e Santarém.

Quando solicitado, tem também participado em celebrações litúrgicas.

Maestro do Coro da S.R.M.P. - Adolfo Carlos Saldanha Mendes
http://www.srmp.pt/historial.htm









quarta-feira, 17 de junho de 2020

Culto e Iconografia da Nossa Senhora da União de freguesias de Além da Ribeira e Pedreira

Introdução
A origem deste assunto, teve como base o trabalho “Culto e Iconografia da Nossa Senhora no Concelho de Tomar” de Maria do Céu C. Tavares – Professora do Ensino Secundário. Claro está falarei apenas nas Nossas Senhoras existentes nas Igrejas e Capelas da união de freguesias de Além da Ribeira e Pedreira, correndo o risco de estar incompleto mas sempre adaptável a novas informações. O meu objetivo é perpetuar esta informação e dar a conhecer estes  “pequenos pormenores” da nossa arte religiosa. Para tal usei fotografias minhas e outras retiradas do “facebook”.
É evidente a importância da presença de Maria (mãe dos Homens a quem habitualmente chamamos de Nossa Senhora) para as comunidades que continuam a prestar-lhe culto. Falo sobre a iconografia[1] Mariana. Temos presentes vários exemplares  de Invocações Marianas na Junta de Freguesia de Além da Ribeira e Pedreira, tais como: o Imaculado Coração de Maria (Igreja Matriz da Portela da Vila),  a Nossa Senhora de Fátima (Igreja Matriz da Portela da Vila, Capela de São Lourenço – Póvoa, Capela da NSra das Lapas - Lapas), a Nossa Senhora das Neves-Pedreira, Nossa Senhora das Lapas – Lapas e a Nossa Senhora de Mildeu – agora em Calvinos.   
Por exemplo, na Póvoa apesar de a festa ser em honra de S. Lourenço na sua procissão vai sempre a imagem de Nossa Senhora, transportada (quase sempre) pelas raparigas da terra.
 Figura 1 – Procissão Festa da Póvoa – 1948 -com Maria Henriques (Mãe do Rui Figueira) e Alzira, irmã da Felicidade "da Cruz". De Manuel Rosa – Turma do Rio facebook 

Figura 2-Procissão da Póvoa ano? – De Margarida Pacheco facebook



[1] Com origem no vocábulo latim iconographĭa, o conceito de iconografia engloba qualquer descrição referente a quadros, telas, imagens, monumentos, estátuas e retratos. O termo está relacionado com o conjunto de imagens (principalmente aquelas que são antigas) e com o relatório ou exposição descritiva sobre estas.
A iconografia, como tal, pode definir-se como a disciplina que se focaliza no estudo da origem e na elaboração das imagens e das respectivas relações simbólicas e/ou alegóricas.

Figura 3-Procissão da Póvoa 1962 De:ToZé Rosa-Turma do Rio - facebook
Figura 4 - Procissão da Festa da Póvoa - 1995 – facebook

Figura 5 - Procissão Festa da Póvoa Agosto 2013

O culto de Nossa Senhora teve início logo nos primeiros tempos da Igreja. Este culto, chamado hiperdulia, é diferente do que se presta aos santos, dulia, e do culto que se reserva a Deus, adoração ou latria.
No decurso do ano litúrgico, ao celebrar os acontecimentos da vida de Cristo aos quais Maria esteve intimamente associada, na sua qualidade Mãe de Deus, a Igreja recorda o papel que ela desempenhou na salvação dos homens.
Atualmente a distribuição das festas em honra da Nossa Senhora, no Calendário Geral Romano, é a seguinte:
Janeiro – 1 – Santa Maria Mãe de Deus
Fevereiro – 2 – Apresentação do Senhor
Março – 25 – Anunciação do Senhor
Maio – 31 – Visitação da Virgem Maria – Imaculado Coração de Maria – no sábado seguinte à Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.
Julho – 16 – Nossa Senhora do Carmo
Agosto – 5 – Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior
-15 – Assunção da Virgem Maria
-22 – Santa Maria Virgem Rainha
Setembro – 8 – Natividade da Virgem Maria
Outubro – 7 – Nossa Senhora do Rosário
Novembro – 21 – Apresentação da Virgem Maria
Dezembro – 8 – Imaculada Conceição da Virgem Maria

A ICONOGRAFIA MARIANA
O gosto pela representação de Nossa Senhora terá surgido logo entre as primeiras comunidades cristãs da Palestina, do Médio Oriente, do Egipto e, mais tarde, nas comunidades de Roma.
Os exemplos mais antigos, conhecidos da iconografia mariana datam do século III: A Virgem com o Menino e um Profeta, na Catacumba de Priscila, em Roma.
Invocações Marianas e sua Iconografia na freguesia
Imaculado Coração de Maria – Igreja Matriz da Portela da Vila
Celebra-se esta festa no sábado seguinte à festa do Coração de Jesus que tem lugar na sexta-feira depois da Oitava do Corpo de Deus (ambas as festas móveis).
A devoção ao Coração de Maria é antiga na Igreja e tem as suas raízes em numerosas passagens do Evangelho: Lucas 2,19; Lucas 1,37; João 19,25-27 e outras.
O culto a Maria sob esta invocação deve-se a S.João Eudes que já em 1643 o celebrava com os seus religiosos tendo-se esta festa tornado pública em 1648. Em 1805, o Papa Pio VII autorizou as Dioceses e Institutos Religiosos a celebrar esta festa e Pio IX, em 1855, aprovou a Missa e o Ofício para algumas localidades. No século XIX nasceram muitos Institutos Religiosos consagrados ao Imaculado Coração de Maria e decidiu perpetuar este gesto impondo a festa, em 1944, a todo o Rito Romano. Os Papas que se lhe seguiram não deixaram de exortar os Bispos a consagrar as suas Dioceses  ao Imaculado Coração de Maria.
Nesta iconografia, a Virgem de Branco – síntese de todas as cores – e descalça estende os braços. A mão direita segura, em geral o Rosário ou aponta para o coração que por vezes, aparece com um resplendor de luz e coroado de espinhos – símbolo  do seu amor.
Figura 6- Imaculado Coração de Maria - Igreja da Portela da Vila - Agosto 2015
Nossa Senhora das Neves - Pedreira
É a festa romana mais antiga em honra da Virgem, celebra-se a 5 de Agosto e comemora a dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, pelo Papa Sisto III, em 432. Diz a tradição que, no lugar da construção desta Igreja, apareceu neve em tempo de calor.
Esta devoção  foi introduzida em Portugal no século XIV e é, atualmente, uma das mais difundidas.
Na Igreja Matriz da Pedreira, existe uma escultura de madeira policromada do século XVII (?). nossa Senhora tem um manto pela cabeça e segura o Menino sobre o braço esquerdo, cruzando o direito sobre este. O Menino segura um livro na mão esquerda.

Figura 7- Nossa Sra das Neves [1]

[1] Pedreira, Junta de Freguesia da Pedreira, Maio 2010
Nossa Senhora de Fátima – Igreja Matriz da Portela da Vila e Capela de São Lourenço na Póvoa
O culto a Nossa Senhora de Fátima teve como ponto de partida as aparições de Nossa Senhora a três pastores, Lúcia, Francisco e Jacinta, no dia 13 de Maio de 1917, na Cova da Iria.
 No dia 21 de Janeiro de 1927 a Sagrada Congregação dos Ritos autorizou a celebração da Missa Votiva do Rosário no Santuário e, numa carta Pastoral, datada de 13 de Outubro de 1930, o bispo de Leiria declarou “dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria” e permitiu oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima. O Papa João Paulo II consagrou-lhe o Mundo no dia 13 de Maio de 1982.
Este culto difundiu-se rapidamente por todo o Mundo. Ao Santuário de Fátima acorrem inúmeras peregrinações nacionais e estrangeiras sobretudo nos meses de Maio e Outubro.
Na iconografia desta invocação, Nossa Senhora aparece coroada, de mãos postas, em atitude orante, e com um terço delas pendente. A túnica e o manto comprido, pela cabeça são brancos, com dourado nas orlas.
 Os pés, descalços ou calçando sandálias, apoiam-se sobre uma peanha de nuvens que é caraterística desta iconografia. Também aparece por vezes a Nossa Senhora (imagem no andor da Póvoa) com doze estrelas à volta da sua cabeça, estas representam a Doutrina dos Doze Apóstolos de Cristo. O terço representa as orações pedidas por Nossa Senhora aos pastorinhos, a túnica e o manto branco representam a sua pureza [1]
Acrescento uma pequena curiosidade sobre a Coroa de Nossa Senhora de Fátima e devido ao seu valor pode-se compreender o porquê de nem todas as imagens terem a coroa.

“A coroa mais importante de todas as ofertas à Nossa Senhora de Fátima, está guardada no  Edifício da Reitoria de frente à capelinha das aparições, na exposição "Fátima Luz e Paz"
Esta coroa está cheia de simbolismo e fé (para alguns coincidência).
As primeiras aparições tiveram inicio em 13 de Maio 1917, durante a I Guerra Mundial em que Portugal esteve presente, e apesar de muitos não acreditarem foi prometido e feito o milagre, a guerra terminou.
Em agradecimento por Portugal, e os seus maridos, não integrar a II Guerra Mundial as mulheres portuguesas ofereceram em 1942 o seu ouro, que foi fundido e criada a coroa mais importante, que apenas sai da galeria nos dias das cerimónias principais no Santuário de Fátima.
A bala, que em 13 de Maio de 1981, atingiu o Papa João Paulo II, foi oferecida em agradecimento por ter sobrevivido ao atentado que segundo percebi mas não consegui confirmar terá ocorrido as 19:17, retirando a separação 1917 (ano das aparições).
Aqui entra a fé (ou a coincidência) a bala foi colocada na coroa por baixo da bola azul, que simboliza o globo, num orifício que sempre existiu desde a criação da coroa em 1942[2]

Figura 8 - Andor da Nossa Sra de Fátima - Festa da Portela da Vila - Agosto  2015

Figura 9 - Nossa Sra de Fátima - Capela da Póvoa - Agosto 2013

Figura 10 - Andor da Nossa Sra de Fátima - Festa da Póvoa - Agosto 2013

Figura 11 - Nossa Sra de Fátima-Lapas 2019
Nossa Senhora das Lapas – Lapas
A imagem da Santa é uma peça com cerca de 8 cm e é talhada num único pedaço de marfim (talvez dente..? (Arsénio, 1997 (?)) -. Está representada na posição de sentada, com uma coroa, um manto e o menino ao colo[3].
Lenda da Nossa Sra. das Lapas
Em tempos muito remotos andando um pastor por aquele sítio, tão cheio de precipícios, foi encontrar uma gruta atapetada de avencas e perfumadas violetas uma linda imagem de Nossa Senhora!
Ficou assombrado de pasmo o pobre pastor, de olhos muito arregalados, contemplando aquela Santa, aureolada de luz celestial, e deslumbrante formosura!
Largas horas permaneceu em êxtases, sem poder abandonar a resplandecente visão!
Declinava o Sol na altura das nuvens, e só então despertou e passando a mão à espera pela vista, murmura: Nossa Sra. da Lapa!
Corre apressado por tortuosos caminhos e levar a nova da sua descoberta.
Sabedores do Santo milagre, despovoaram-se as aldeias próximas de longe mesmo, vinham grupos de peregrinos adorar a Virgem!
Tal foi a fé daquele povo, que em breve resolveram edificar a sua capelinha em frente da gruta, e para lá transportaram a sua imagem.
Mas … sempre, que de manhãzinha, abriam a porta da capela (não esqueçais que era oposta à gruta), não encontravam a Sra. no altar, indo depois achá-la nas íngremes penedias onde aparecera!
Debatiam-se em mil conjeturas os pobres camponeses sem poderem explicar a causa do fenómeno, até que um dos mais sábios lá da aldeia, deu o seu parecer sobre o estranho sucedido. É que Nossa Sra. quer ir visitar todas as suas noites a sua primeira morada, e á volta perde o norte, à entrada da sua Capela.
Abre-se-lhe pois, outra porta mesmo em frente da gruta, e já a Sra. poderá entrar e sair todas as vezes que quiser.
Assim procederam, imediatamente e nunca mais, dizem eles na sua boçal ignorância, Nossa Sra. deixou de ser encontrada no seu altar.
“Todos os anos, em Agosto, se realiza a Festa da Nossa Sra. da Lapa, com missa cantada e arraial, concorrendo imensos devotos, que vão render graças à sua Padroeira, e munidos dos seus farnéis, passam o resto dos dias nas margens do Nabão, junto à capelinha. É lindo o rio naquele sítio, apesar das suas perigosas penedias. F.O.” “Ecos de Tomar” de 29 de Janeiro de 1925

Figura 12 - Nossa Senhora das Lapas - 2019

Figura 13 - Nossa Sra das Lapas - Turma do Rio - Facebook
Nossa Senhora de Mileu (ou Mildeu*Amorim Rosa) 
“Ignora-se a origem desta invocação. Segundo a lenda, Nossa Senhora teria dito a um seu devoto que, para mil mouros, bastava um cristão ou ainda “para mil eu”, teria dito um devoto de Nossa Senhora aos que o advertiam que fugisse dos mouros. Há, no entanto, várias imagens de Maria veneradas com este título.
Na Ermida de Nossa Senhora dos Anjos de Calvinos, freguesia de Casais, existe uma escultura do século XVI, em pedra policromada. Nossa Senhora aparece com Coroa incorporada e o Menino sobre o braço esquerdo. Ambos seguram uma pomba – símbolo da plenitude da sua graça.
Falo sobre esta Nossa Senhora pois segundo algumas investigações (através do Sr. Hilário Guia)...existiu a Capela da Nossa Senhora de Mildeu (Santa esta, que agora está na Capelas dos Calvinos fundada a 1737[4]) ainda em território da freguesia, e assim não cai no esquecimento.
“Em 1530, suposta data da criação da freguesia, existiam as seguintes ermidas com os respectivos oragos: Santa Maria da Lapa, à borda do Rio, defronte à Póvoa; São Lourenço, no lugar da Póvoa; S. Silvestre, além do Carvalhal, perto de João Prestes; S. Domingos, que está entre as Olas e a Torre; Santa Maria do Mildeu, perto dos Calvinos; e Santo Izidoro, que está nas Várzeas de Assamassa.”[5]

                                             Figura 14 - Certidão de Nascimento em Mildeu – 1731
                                    Figura 15 - Ruínas da Capela da Mildeu - perto da Azenha do Curto
Por último, faço também uma breve referência a duas imagens conhecidas que se encontram na Capela de São Lourenço – Póvoa, pois além de serem figuras santas (é verdade que não correspondem ao culto mariano), simbolizam a entrega da sua vida à Oração e aos outros (mais evidente na Rainha Santa Isabel).
A Rainha Santa – Isabel de Aragão – Capela de São Lourenço - Póvoa 
Escultura da Rainha Santa onde podemos ver a sua coroa (símbolo da realeza) e com um manto azul.
Dona Isabel, infanta de Aragão (filha de Pedro III) e rainha de Portugal (mulher de Dom Dinis), nasceu, segundo a tradição, no ano de 1271 e foi santificada pelo papa Urbano VIII a 25 de Maio de 1625. Pelo caminho, deixou o testemunho material de uma vida dedicada às boas obras, na figura de clarissa de que fez dotar o seu moimento, marcando, com grande significado, uma intenção bem determinada de deixar de si a memória de uma fiel devota.”[6]


              Figura 16- A Rainha Santa - Dona Isabel de Aragão- Capela São Lourenço -2013

Santa Clara – Capela de São Lourenço – Póvoa
Escultura representativa da Ordem das Clarissas fundada por Clara de Assis (1194-1253), como ramo feminino dos franciscanos. Santa Clara tem o seu hábito, identificado pelo cordão de vários nós que o cinge ao nível da cintura, Livro de Horas (?) na mão esquerda
 “A nossa Ordem nasceu da inspiração do Senhor a S. Francisco de Assis, para viver na Igreja segundo a forma do santo Evangelho, e Sta Clara de Assis participou desta Vocação, por isso somos chamadas, Irmãs Clarissas; formamos a 2ª Ordem Franciscana.[7]
“Outro detalhe entre as religiosas da Ordem passava pela vocação para a confeção de doces e da junção de plantas destinadas a curar maleitas. “Como eram requisitadas pela nobreza laboraram muito a doçaria conventual, mas também tinham aqui uma botica com muitas ervas que tinham fama de cura. Sabiam curar por meio de experiências de plantas. Muita gente entrava aqui para conseguir cura e elas também forneciam hospitais, pobres e peregrinos para curar pequenas doenças”, resume o padre David Barbosa Sampaio.[8]


Figura 17 - Santa Clara - Capela de São Lourenço - 2013
Conclusão

Este é um pequeno levantamento das esculturas existentes nos templos religiosos da junta de freguesia, com incidência nas Nossas Senhoras, desde tempos longínquos que existe esta devoção, mais recentemente (e porque já havia alguém com máquina fotográfica)-1948 podemos ver o gosto da população manter as procissões onde veneram os seus santos. Fica em aberto a continuidade deste trabalho.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Fábrica de Papel do Prado - Tomar

"El-Rei D. José I, por Aviso da Secretaria de Estado de 2 de julho de  1772, mandou entregar à Junta do Comércio as Ferrarias do Prado, para nelas erigir uma Fábrica de Papel, o que (diz o documento donde isto transcrevi), até hoje (8 de novembro de 176), não teve efeito.
         Depois, Francisco José, do lugar da Pedreira, pretendeu fazer nas mesmas ruínas uma Fábrica de Sedas; mas a Junta do Comércio, informada do Aviso de 1772, não lhe a licença.
         Conhecedor do caso, Francisco de Roure  e um tal Melo e Mouga, de quem nunca mais se fala, foram a Tomar examinar o local e, gostando dele, dirigiram-se a El-Rei a seguinte súplica:
        «Francisco de Roure deseja fazer uma fábrica de papel: acha como sítio apropriado para a dita o local denominado Prado, próximo do rio Nabão.
         Lugar em que, parece, em tempos mais remotos houve uma fundição de ferro por conta do Estado, da qual hoje (1822) só existem uns restos de paredes, a maior parte coberta de figueiras e mato, em total abandono, mas em que se podem aproveitar as águas do dito Rio, tanto para dar movimento às máquinas, como para a trituração da matéria prima, em razão de um açude que encaminha as ditas águas para aquele sítio, e que isso parece ter sido feito para serviço da mesma fundição da fábrica de ferro, visto esta achar já muito inutilizado, e sem proveito algum
a) Francisco do Roure e a)Luis de Sousa Melo e Mouga. s/data»
         El-Rei, em 26 de novembro de 1822, mandou ao provedor da Comarca de Tomar para informar.
         Não tenho informação do Dr. Francisco Fernando de Almeida Madeira, Procurador da Comarca de Tomar, mas parece que o requerimento foi, em parte deferido, pois Francisco de Roure arrematou (não aforou) por 110$000 réis os terrenos do Prado pertencentes às antigas Ferrarias, e que pertenciam à Intendência Geral de Minas, sendo a escritura de compra assinada a 9 de julho de 1823.
        Mas, quem era Francisco de Roure?
        Francisco de Roure era de origem irlandesa, filho de Pedro de Roure, católico irlandês que fugindo às perseguições dos protestantes ingleses se refugiou em França, onde casou com D. Maria Leonor Assolant, vindo depois para Portugal, onde se estabeleceu em Lisboa.
        Pedro de Roure deve ter falecido por alturas de 1793, deixando a sua casa e sua mulher e filhos (Francisco e Mariana).
        Francisco de Roure deixou a sociedade com sua Mãe em 1820, e estabeleceu-se por conta própria na Rua do Alecrim; por esta altura casou com D.Iria Pimentel Maldonado, de uma rica e nobre família tomarense; daí, talvez o seu interesse por Tomar e escolhe-la para montar uma fábrica.
        Por provisão de 8 de maio de 1824, Francisco de Roure recebeu de El-Rei todas as graças, isenções e privilégios de que gozavam as fábricas similares.
        A fábrica iniciou a sua laboração e prosperou de tal modo que em 22 de janeiro de 1826, o Juiz-de-Fora de Tomar, Dr. Tiago do Amaral (Juiz da Vila desde 1822) informou o Governo do seu bom estado de adiantamento.
        Francisco de Roure pouco tempo esteve na sua administração, pois passou-a ao seu cunhado Silvestre Schiappa Pietra, casado com a sua irmã Mariana, ao tempo administrador da Fábrica de Fiação (1839).
         Este Silvestre Schiappa Pietra nascera em Pernes (Santarém) em 10 de julho de1773, filho de Pedro Schiappa Pietra e de D. Gertrudes Clara do Sacramento Terrier. Pedro Schiappa Pietra era genovês, e viera para Portugal em 1765.
         Silvestre Schiappa Pietra fora ao Rio de Janeiro montar uma fábrica por conta de Domingos Loureiro; regressado a Portugal em 1813, como sócio de Domingos Pereira, foi para a sua Fábrica de Tecidos de Alcobaça, primeiro como técnico, depois como sócio, que passou a funcionar sob a firma Loureiros & Pietra.
         Casou cerca, cerca de 1814, com D. Mariana de Roure, como dissemos, de quem teve 4 filhos:
         1º - Pedro de Roure Pietra, (1815-1874) que sucedeu na administração da Fábrica do Prado a seu tio Francisco, por delegação do seu pai; foi Vereador da Câmara Municipal de Tomar no biénio 1856-57, e seu Presidente em 1857.
         2º - D. Mariana Miquelina de Roure Pietra, (1817-1879) que deixou os seus interesses nas Fábricas de Papel do Prado e de Tecidos de Algodão de Tomar a sua irmã D. Maria Henriqueta.
         3º - Henrique de Roure Pietra. Sucedeu a seu irmão Pedro na administração da Fábrica do Papel do Prado (1869). Foi Vereador da Câmara Municipal de Tomar nos biénios 1864-65 e 1868-69; como Vereador, contribuiu grandemente para o alargamento e embelezamento da Várzea Pequena.
         4º - D. Maria Henriqueta de Roure Pietra de Oliveira. Casou com o professor de latim da Escola Secundária Municipal de Tomar João de Oliveira e Casquilho. Graças à herança dos seus pais e irmã D. Maria Miquelina, em 1890, seu marido pôde iniciar a construção da Fábrica de Papel da Matrena.
         A Fábrica de Papel do Prado ficou em 1842 a D. Mariana de Roure Pietra e seus filhos, e girou sob a firma D. Mariana Roure Pietra & Filhos, que foram, sucessivamente, os do sexo masculino, seus administradores.
        Em fevereiro de 1874 a fábrica empregava 173 operários, sendo 71 homens e 102 mulheres, provenientes da Pedreira e dos Casais.
        Em 15 de julho de 1875 foi vendida à Companhia do Papel do Prado.
        Em 29 de setembro de 1881 era seu administrador Jacinto Lopes Cartaxo.
        Durante muitos anos da primeira metade deste Século foi seu administrador Francisco Viana de Lemos da Costa Salema.

fonte: OLISIPO nº17 Jan1942
        Em 1903, tinha por motores uma turbina inglesa de 120 cavalos, uma máquina a vapor da força de 130 cavalos e outra de 30.
        A produção diária dos maquinismos de fabricar papel orçava:
        A do nº1, montada em 1901, 4.000 quilos, podendo atingir 5.000.
        A do nº2, que data de 1893, regulava por 1.800 a 2.000 quilos, podendo ir até 2.500.
        A da máquina de fazer almaço em folhas, variava de 600 a 800 quilos, mas podia dar mais.
        A média diária das 3 máquinas era de 6.200 quilos, ou seja uma tonelagem anual de 2.250.
        Em 1940 produzia, a baixa laboração, 3.000 toneladas de papel por ano, e empregava 450 operários.
        Actualmente (1971), o seu Conselho de Administração é superiormente orientado pelo Administrador-Delegado, engenheiro Manuel Vitoriano  embalagem, actualmente está orientada na produção especializada de papel kraft e cartolina Duplice (duplex).
        Possui Serviços Médico-Sociais (Assistente-Social e Médicos de Trabalho, de Previdência e de Seguro).

fonte: OLISIPO nº32 Out 1945
        Como vimos, já teve uma população fabril de 450 operário (1940); mas actualmente (1971), num considerável esforço de organização (Metodização, Mecanização, etc) labora com 210 empregados e operários, dos quais cerca de 160 do sexo masculino e 50 do sexo feminino."

Nota. Transcrição total de ..., não tenho momento referência qual a fonte pois tirei a informação há já alguns anos e não apontei a referência bibliográfica, logo que possa irei pesquisar na biblioteca (pois foi lá de certeza que tirei esta informação).